"TRIPLO A" - O que é? Por que Bolsonaro foi contra?
Essa semana nosso presidente eleito recomendou ao futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a não realização no Brasil da Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (a COP 25), que discutiria as alterações climáticas no mundo e ações para redução do efeito estufa. Fiquei contrariado, a princípio, e me pus a pesquisar sobre o assunto, já que o Ministério das Relações Exteriores, em seguida, divulgou nota onde o governo brasileiro retirou a oferta para sediar a conferência.
Querendo entender os porquês, fui saber que entre a pauta da conferência da ONU, estaria a ideia de criar o Corredor Andes-Amazônia-Atlântico (Triplo A ou AAA), ao qual desconhecia o teor e mesmo que já estaria tomando corpo avançando nos últimos meses.
Busquei literaturas e descobri que Corredor Ecológico ou corredor de Biodiversidade seria uma faixa de vegetação que ligaria grandes fragmentos florestais e unidades de conservação separados pela atividade humana, isso para que nesse espaço ficassem garantidos o deslocamento da fauna entre as áreas isoladas, sua troca genética e a dispersão de sementes, visando, essencialmente, mitigar os efeitos da fragmentação dos ecossistemas e da interrupção do fluxo de espécies entre esses fragmentos naturais, impactados pela atividade humana.(Até ai.... LINDO).
Ocorre que o conceito de Corredor Triplo A foi preparado na Colômbia e, casualmente a ideia foi do ex-presidente colombiano Juan Manuel Santos, em parceria com a Fundação Gaia Amazonas, sediada em Bogotá. Pronto, minha desconfiança patriótica acendeu a luz amarela.
Amarelei minha perspectiva pois sei que, estrategicamente, a Colômbia, possui sete bases militares americanas operantes, e ao ficar sabendo que se trata de um projeto de longo prazo, já me inquietei, pois quem me garante que a ideia e os interesses embutidos não irão evoluindo, até que entidades internacionais atuantes com a ONU, questionem nossa capacidade de proteção e gestão desse território, eleito como patrimônio mundial?
Aliemos a isso que, estranhamente, é costume internacional, delimitarem-se corredores com largura máxima de 1 km, mas nesse acordo, em particular, varia entre 50km e 500km. Isso é realmente suspeito!
Também estranho me pareceu que geograficamente, com esse Triplo A, uma pequena parcela da Amazônia Venezuelana seria coberta, também outra metade da Amazônia colombiana estaria contemplada, entretanto, do lado brasileiro, o corredor cobriria toda a calha norte do rio Amazonas, com 62 Unidades de Conservação e 81 reservas indígenas.
Assim sendo, o acordo seria oficializado em 62% por território brasileiro, 34% por território colombiano e 4% por território venezuelano, contudo, apesar das grandes diferenças de espaço, para minha estupefação, a “gestão do corredor” seria tripartite. Aí, companheiros é que mora o perigo! Nosso Brasil, o mais afetado, teria o mesmo poder de voto e decisão que os dois outros territorialmente minoritários pois qualquer votação poderia ser decidida por maioria simples de 2x1, o que facilitaria intervenção estrangeira na nossa Amazônia.
Aliemos a isso o fato desse projeto envolver o questionável conceito de “autogestão dos povos indígenas”, uma perspectiva de autodeterminação dos índios, a meu ver, muito interessante a países estrangeiros, o que poderia daqui a algum tempo, leva-los a eleger qualquer outro país para lhes dar suporte e é aí que reside a maldade do discurso, pois esse fato contraria frontalmente cláusula pétrea da Constituição que é a “indivisibilidade do Brasil”.
Guardo comigo receios de que essas premissas internacionais, ditas exclusivamente ambientais, possam esconder interesses estrangeiros bem mais nebulosos, que podem tomar ares de uma verdadeira ocupação.
Se olharmos de fora, com nacionalismo e um pouco de senso crítico, isso seria a semente de uma ocupação da Amazônia, visando isolá-la do resto do Brasil e fornecendo ferramentas para diversas ONGs internacionais, atuarem sem fiscalização do governo federal, com pleno acesso a enormes reservas de água, minérios e biodiversidade. Em resumo, teríamos toda essa riqueza “gerida” por povos indígenas, facilmente manipuláveis enganados por outros países.
Segundo nosso General Villas Boas, o “Corredor Triplo A” é uma questão de soberania, e sua missão como Comandante do Exército, preocupado com interesses nacionais, é indicar os riscos dessa proposta para o país. Precisamos discutir profundamente com a sociedade. A NOSSA SOCIEDADE!
Portanto, depois de buscar entender os processos, eu dou completa e total razão ao nosso presidente Eleito!
(Auceri Becker Martins – Cel QOPM)
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