Nádia Fuhrmann - O BRASIL e a Batalha Invisível
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09 de
Setembro, 2018 - 23:00 ( Brasília )
Nádia Fuhrmann - O
BRASIL e a Batalha Invisível
Nádia Lúcia Fuhrmann
Artigo publicado em 19.08.2018
Impressiona o alto grau de aparelhamento de todas as instituições brasileiras.
O PT foi capaz de timbrar com a ideologia comunista, em alto relevo, todos os
poderes públicos e privados estruturantes da nossa sociedade, em curto
interregno temporal. Financiado por grupos progressistas internacionais e
conluios espúrios com a elite política e empresarial nacional, ávidos por
abduzir as riquezas do País, os que antes se autoproclamavam anti-imperialistas
sucumbiram asquerosamente ao poder autoritário e aos bocadinhos de privilégios
oferecidos pelo globalismo predatório.
A ganância os cegou. Passaram, então, a laborar para os interesses de grupos
radicais da nova ordem mundial de forma sorrateira, com o objetivo de subverter
o ordenamento social/cultural da sociedade brasileira, defendendo valores
insólitos como a ideologia de gênero, escola doutrinadora, Estado sem religião
(diferente de Estado laico), racismo, feminismo, uso indiscriminado de drogas,
famílias alternativas, fim das polícias, aborto, arte degenerada, migrações em
massa, entre outras pautas estranhas ao nosso povo. Os intelectuais de
esquerda, "acomunados" com Gramsci e Marcuse, foram os grandes
propulsores desse discurso dominante, em especial nesta última década e meia no
Brasil.
Foi dentro das universidades que, usando o método do "adestramento do
pensamento único" auxiliaram na administração dos "negócios
estatais" com base na engenharia social. Todos os programas de inserção (
e não foram de inclusão) universitária visaram a este fim - formar um
contingente máximo possível de militantes para o sistema. E foi assim, por
exemplo, que os poderes judiciário, legislativo e executivo foram colonizados
pelos Tribunais do Santo Ofício, digo, pelos mais diversos Conselhos e
Comissões - compostos por olheiros do sistema que abortam qualquer tentativa de
insubordinação aos ditames do Estado autocrático.
Pense (...) quantos conselhos institucionais você conhece? Pois é, todos, mas
todos mesmo, servem para conter qualquer tentativa da nossa parte de contestar
a ordem autoritária vigente no Brasil. O discurso do "politicamente
correto" e o ataque à honra são métodos usados de forma subliminar e
corriqueira para intimidar e perseguir as vozes divergentes. Até 2016, era
praticamente impossível se manifestar contra o governo "popular",
inclusive nas redes sociais. Grandes sites de apoio à esquerda foram
financiados para monopolizar as ideias comunistas/progressistas no nosso País,
e eliminar as demais.
Do aparelhamento institucional, os exemplos são muitos. O sistema de saúde foi
drasticamente atingido pela mudança de paradigma nos cursos acadêmicos da área
da saúde. Considerada uma área estratégica, o governo preferiu
"importar" mão de obra cubana em detrimento de melhorias na formação
dos médicos brasileiros. O Programa "mais médicos", além de cooptar
ideologicamente muitos profissionais de saúde nativos, rendeu uma transferência
de mais de R$ 5 bilhões para a Ilha da família Castro.
Recentemente, o médico Milton Pires, cardiologista gaúcho, veiculou um artigo
na web denunciando a perseguição de médicos do serviço de saúde pública por
posições políticas contrárias ao governo petista e o assombroso desmonte da
rede hospitalar. Diz ele "toda a rede hospitalar brasileira foi destruída
pelo Regime Petista. UPA'S são lugares criados
para esconder a morte de pacientes que deveriam estar dentro de hospitais".
Também as universidades brasileiras, em especial as federais, se transformaram
em incubadoras de parasitas partidários, com pouca ou nenhuma preocupação em
produzir conhecimento filosófico ou científico, tão somente para engrossar o
montante de militantes úteis ao governo, com uma formação pífia e
comportamentos discutíveis que levaram muitos desses à desorientação
psicológica.
Não vou citar aqui as inúmeras operações da Polícia Federal dentro das
universidades e as investigações sobre fraudes em concursos públicos, e a
prática do compadrio nas instituições privadas. Porém, é notória a baixa
qualidade da maioria das pesquisas e dos trabalhos acadêmicos e a
constrangedora (des) qualificação dos egressos.
Importante frisar também que grande parte
das quase 500 mil ONGs, aliada aos interesses políticos e econômicos de
organismos internacionais, ocupa papel central na divulgação do ideário
globalista, pressionando a aprovação de leis que beneficiam seus negócios, mas
que nada tem a ver com o desenvolvimento da sociedade brasileira.
A forma como a cultura foi aliciada pelo PT causa perplexidade. Sabe-se que os
artistas populares tiveram atribuição fundamental no golpe comunista de 1985.
Todos muito bem recompensados "a posteriori" via Lei Rouanet,
contratações superfaturadas e indenizações milionárias - tudo pago pelo pobre
cidadão contribuinte que amarga desde sempre a falta de acesso a um judiciário
neutro, à educação de qualidade, à saúde com dignidade e à segurança pública.
A última totalmente sucateada, em vias de extinção. No Estado comunista são criadas as forças nacionais. Porém, elas não
servem ao povo, são leais somente ao governo.
A arte, a mídia e a educação foram transformadas pela "intelligentsia
esquerdista" em ferramentas altamente destrutivas da ordem moral no nosso
País. Como aceitar o fato de um docente do ensino superior publicar um livro
cujo título é "como conversar com um fascista" e declarar
publicamente que o assalto tem uma função social, e mesmo assim ser lançado
como candidato ao governo do Rio de Janeiro pelo PT?
Como aceitar que o dinheiro público esteja sendo gasto para montar exposições
"artísticas" que promovem o vilipêndio religioso e a pedofilia? Como
aceitar que uma emissora de televisão, dependente de concessão pública, ajuíze
uma ação judicial para minorar a classificação etária de uma novela vespertina
que contém cenas de sexo e violência, de 12 para 10 anos de idade?
Como aceitar o investimento publicitário em músicas populares como
"arrasou "viado""; "que tiro foi esse" e
"sentada diferente"? Lembremo-nos, a família é um impedimento para o monopólio
do poder do Estado; deve ser destruída de acordo com o manual comunista.
Estamos vivendo em guerra. A destruição não é visível só pelo assombroso número
de homicídios anuais, mas pelo ataque e aniquilamento das nossas normas
sociais, da moral individual e coletiva, da ética humana e da espiritualidade. Para isso, usam uma das armas
mais potentes e indignas de destruição em massa, a cultura da subversão pela
violência, pela corrupção e pela libertinagem, embrulhada no dourado invólucro
dos "direitos humanos".
Em nome de tal "benevolência"
autoproclamam-se humanistas e passam a exigir o "progresso" da
civilização ocidental liberando o sujeito (na verdade, neste estágio não existe mais
o indivíduo, aparece agora a criatura sujeitada) de todas as "opressões" da
sociedade burguesa. Lutam, então, pelo total livramento dos impulsos sexuais,
cujo objetivo, na verdade, é o de tornar a criatura submissa e improdutiva.
Os estultos comunistas creem que liberando a sexualidade dos sujeitos, esses
passariam a não se preocupar mais com as questões referentes à política e ao
Estado, em face do seu estágio de letargia motivacional direcionada apenas aos
prazeres carnais, deixando o caminho livre aos desmandos do poder instituído. Esse é o motivo da mesma forma para a defesa da
liberação irrestrita de drogas. A estratégia da revolução
cultural para a tomada do poder global não é cria de um só demônio - desde o
século XIX essa teoria vem sendo desenvolvida pela "intelligentsia"
da esquerda internacional, dentre ela, Marx, Lenin, Munzenberg, Lukacs, Mao Tse
Tung, Gramsci, Horkheimer e Adorno. Theodor Adorno, sociólogo alemão e membro
da primeira geração da Escola de Frankfurt, autor da obra "The Theory of
Modern Music", propunha, por exemplo, usar a música como arma de
destruição social.
Segundo ele, músicas quanto mais degeneradas fossem, mais rapidamente promoveriam a
desorientação mental, condição "sine qua non" para governar sem
resistência. Sigmund Freud afirma que a integral recompensa dos desejos humanos
é incompatível com a organização social humana. Assim, os pulhas
comunistas pretendiam, com a desorganização geral da nossa sociedade, se
oferecer "democraticamente" como "salvadores" para restabelecer
a ordem e a moral, mas sob suas próprias regras.
Por essa razão, não por outras, a sociedade brasileira passou a ser
"bombardeada" pela revolução cultural, mais perseverantemente a
partir do final dos anos 1980 e, "coincidentemente", ao mesmo tempo
do desmonte do comunismo no leste europeu.
Na sequência do término do regime cívico-militar e com a ascensão dos
comunistas ao poder, lentamente todas as instituições foram cooptadas a fim de
promoverem e defenderem as pautas progressistas mundiais como o feminismo (Malu
Mulher, lembra da série?), erotização das crianças e dos jovens (filmes, séries
e eventos para jovens ao ar livre onde drogas, bebidas alcoólicas e relações
íntimas fortuitas passaram a ser a moda); letras de músicas incitando ao estupro
e à violência fazem parte da degradação moral da sociedade; grupos socialmente
vulneráveis como gays e negros são aliciados e usados para promover tão somente
o apartheid social.
Racismo é crime, cumpra-se a lei nesses casos, mas isso para eles não basta, o
intuito é fazer com que negros odeiem os brancos. A mesma ideia serve de base
para promover e manipular o ódio de mulheres contra os homens, gays contra
héteros, filhos contra os seus pais, e o mais perverso dos desígnios: a
perversão infantil através da já adiantada implantação da ideologia de gênero
nas pré-escolas brasileiras. Sem dúvida, esse projeto que nega, entre outros, a
diferença entre homens e mulheres, se obtiver êxito fará surgir um outro
"ser vivente", nem homem nem mulher, mas "algo" que poderá
a qualquer momento da vida se transmutar entre, pasme, em torno de 60 formas de
definição de sexualidade.
Evidente que o leitor atento percebeu que,
ao questionar a criação divina, eles estão exterminando com as religiões
criacionistas e a fé cristã. A ordem é corromper a sociedade até que,
atormentada, ela aceite adorar somente o deus Estado e por ele ser tutelada.
Os brasileiros estão guerreando contra hostes invisíveis. O Brasil está em
guerra, os estrangeiros olham boquiabertos para a sociedade brasileira, um
verdadeiro laboratório de experiências de destruição moral e cultural. As
trincheiras e os canhões foram cambiados por uma cortina de fumaça ideológica
que, de tão embuçada, desorienta até que o beligerante se entrega
voluntariamente sem alguma resistência. A subversão cultural/social da
sociedade brasileira significa, para a esquerda nacional, a fase final de
implantação da revolução comunista.
A trama é realmente complexa, infelizmente, muito maior do que esse espaço
circunscrito permite desenvolver. No entanto, o curso da história é
imprevisível e, tudo indica, os brasileiros estão prestes a mudar um futuro que
já lhes parecia selado.
Bibliografia:
COSTA, Alexandre. Introdução à Nova Ordem Mundial. São Paulo: Vide Editorial,
2015.
ENGELS, Friedrich. A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado. São
Paulo: Lafonte, 2017.
MARCUSE, Herbert. Eros e Civilização. Uma interpretação filosófica do
pensamento de Freud. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.
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REVOLUCIONÁRIA NA QUAL O BRASIL SE ENCONTRA
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5 - http://www.defesanet.com.br/ghbr/noticia/30483/Walter-Felix---Relativizar--Manipular-e-Condicionar/
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