Há dois anos, Haddad responde ação por desvio de dinheiro público

Ex-prefeito de São Paulo é acusado de improbidade administrativa na gestão do Theatro Municipal de São Paulo. MP pede devolução de R$ 129 milhões


O candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, responde há um ano e dez meses a uma ação de improbidade administrativa acusado de desvio de dinheiro público do Theatro Municipal de São Paulo durante sua gestão como prefeito da cidade (2013-2017). O petista nega a acusação.

Em dezembro de 2016, o Ministério Público de São Paulo pediu a condenação do prefeito Fernando Haddad (PT), do maestro John Neschling e de mais dez investigados no escândalo de desvio de verbas do Theatro Municipal de São Paulo. O MP pede a devolução de R$ 129 milhões alegando 'danos causados' a partir de pagamentos efetuados para o IBGC (Instituto Brasileiro de Gestão Cultural) e de R$ 468 mil decorrentes da contratação de Neschling.

A ação é movida pelos promotores Marcelo Camargo Miani e Nelson Luís Sampaio de Andrade — ambos da Promotoria do Patrimônio Público e Social, braço do Ministério Público estadual paulista que investiga corrupção e improbidade.

Um dos acusados, José Luiz Herencia, é ex-diretor da Fundação Theatro Municipal de São Paulo. Investigado por supostamente superfaturar contratos da entidade com artistas e causar prejuízo de pelo menos R$ 18 milhões aos cofres públicos, Herencia fechou acordo de delação premiada com o Ministério Público Estadual.

Ele confessou os crimes e delatou outros supostos participantes do esquema de corrupção — o maestro Neschling, que foi diretor artístico durante a gestão de Herencia, e William Nacked, diretor do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural.

Na ação, A promotoria pede ainda que a Justiça declare a nulidade do contrato de gestão 001/2013, firmado entre a Fundação Theatro e o IBGC, além de nulidade dos seus 20 aditamentos.

Defesa

Em sua defesa apresentada à Justiça, o ex-prefeito Fernando Haddad alegou que buscou sanear a instituição, ao contrário do que diz a promotoria. A defesa também afirma que Haddad nunca esteve com o empresário Herencia e que o próprio empresário admitiu em sua delação que nunca esteve com o petista, mas que a promotoria não incluiu este trecho da delação no processo. Ainda segundo a defesa do petista, os desvios feitos pela fundação que administra o Theatro Municipal e pela Organização Social não são de responsabilidade do prefeito.

O R7 encontrou em contato com a campanha presidencial petista e aguarda um posicionamento.

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