Juiz Moro amplia cada vez mais seus poderes no futuro governo Bolsonaro

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Moro influirá na escolha do procurador-geral da República

Pedro do Coutto
Reportagem de Letícia Casado e Fábio Fabrini, edição de ontem da Folha de São Paulo, revela que o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, está tendo sua área de atuação ampliada e vai opinar na escolha do procurador-geral da República, quando nos próximos meses será escolhido o substituto de Raquel Dodge ou então se ela permanecerá mais dois anos no posto.

Letícia Casado e Fábio Fabrini acentuam que a área que vai caber a Moro no governo Bolsonaro será, além de bastante ampliada de uma presença decisiva para o trabalho tanto da Procuradoria-Geral da República quanto da Polícia Federal.

MAIOR RIGOR – A notícia, evidente, foi péssima para aqueles que foram condenados e se encontram presos em decorrência da Operação Lava Jato. Aliás, alguns integrantes da força tarefa que atuou e ainda está atuando na Lava Jato serão escolhidos por Moro para o Ministério que vai assumir.

No panorama geral da Lava Jato, a presença de Moro no governo, reunindo os poderes atribuídos pelo presidente Bolsonaro, não é em nada favorável aos recursos judiciais que os advogados dos corruptos buscam na tentativa de libertá-los da prisão, ou então, o que vinha acontecendo, trocando as grades da prisão pela prisão domiciliar, com ou sem tornozeleira.

LULA EM BAIXA – Um caso típico, o mais importante de todos, é  situação do ex-presidente Lula, que agora passa a encontrar novo obstáculo para o caminho que seus advogados tentavam trilhar. Não porque Sérgio Moro poderia interferir nas decisões, sejam do STJ, sejam da Suprema Corte do país. Mas porque sua simples presença no governo produziu uma atmosfera na qual a corrupção e os corruptores passaram a ter de se defrontar. Esta é a parte subjetiva, mas ao mesmo tempo a área de atuação dos advogados em defesa de seus réus.

Letícia Casado acrescenta que o  próximo ano, de 2019, será decisivo para os novos rumos no país, sobretudo no plano dos contratos entre Executivo e as empresas que passam a se preocupar com as propostas recíprocas que culminaram com a corrupção avassaladora que desestabilizou o governo Michel Temer e a herança política que recebeu da ex-presidente Dilma Rousseff.

As ruas e as praças do país foram testemunhas da rejeição popular aos negócios que tanto prejudicaram direta e indiretamente a população brasileira.


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