Sobre o programa "mais médicos" e sua origem.


História sempre esclarece.
Sobre o programa "mais médicos" e sua origem.
Uma boa explicação para não aceitarem revalidação do diploma aqui no Brasil.
(Artigo do Conselho Federal de Medicina publicado em várias mídias).

PROGRAMA “MAIS MÉDICOS” E O FELDSHER RUSSO
Na antiga União Soviética (URSS) existia uma figura no serviço público de saúde denominada "Feldsher", ou Feldscher em alemão que inspiraram os russos. Os feldsher soviéticos eram profissionais da saúde, formados em "saúde básica", que intermediavam o acesso do povo à medicina oficial, em especial nas áreas remotas, rurais e periferias soviéticas, sendo uma espécie de práticos de saúde, ou paramédicos como são chamados hoje em dia, e exerciam cuidados básicos em clínica, obstetrícia e cirurgia às populações dessas regiões. Começaram a se popularizar a partir do século XVIII.

FELDCHER ALEMÃO

Os feldscher alemães que surgiram no século XV como operadores de saúde e com o tempo se espalharam ao longo do que foi o império prussiano e territórios eslavos, compondo a linha de frente também nas forças militares, sendo uma espécie de força militar médica nesses exércitos eslavos e saxões. 

Atuando sempre nos cuidados básicos e em alguns casos chegando a se especializar em alguma prática específica, como optometria, dentista e otorrinolaringologia.

FORMAÇÃO

A duração do curso do Feldscher era quatro anos e envolvia basicamente treinamento em ciências básicas e treinamento simples em ciências médicas clínicas, em especial medicina interna, serviço de ambulância e emergência pré-hospitalar e sempre tinha um espaço para treinamento militar, em campo de treinamento do exército, pois os feldsher estavam na linha de frente da nação, nas fronteiras. 

Os médicos soviéticos, ao contrário, levavam pelo menos 10 anos de colégio mais sete anos de faculdade com carga horária total pelo menos duas vezes maior. Apesar do tamanho valor de formação, seus salários eram ridículos, pois o regime socialista os considerava "servos do povo".

MÉDICOS CUBANOS

O sistema cubano de ensino médico reproduziu, a partir do encampamento da Revolução Cubana pela URSS em 1961, esse sistema de formação em saúde. Os médicos cubanos, de verdade, ficam lá em Cuba, em sua maioria. O que Cuba "fabrica" aos milhares, todos os anos, com projetos como a ELAM e demais faculdades, em cursos de quatro anos, não são nada além da versão cubana dos "feldsher" soviéticos. São paramédicos treinados para atuar em linha de guerra, campos remotos e áreas desprovidas em geral.  

A diferença é que Cuba "chama" esses feldsher de "médicos", inflando artificialmente a sua população de médicos. Com essa jogada, Cuba possui um dos maiores índices de médicos por habitante do planeta. E isso permitiu outra coisa ao regime cubano: usar esses feldsher como agentes de propaganda de sua revolução e seus interesses não apenas dentro, mas fora de seu território.  

Ao longo de décadas o regime cubano vem fazendo uso do empréstimo de mão-de-obra técnica, paramédica, porém "vendida" como médica, para centenas de países a um custo bilionário que fica todo com o regime cubano. Literalmente, como na URSS, os feldsher são "servos do povo" (no caso, leia-se "povo" como Partido Comunista de Cuba).

"Programa Mais Médicos"

O objetivo aqui é claro: O alinhamento ideológico entre os regimes, o uso de "servos do povo" para fazer propaganda do governo, encher o bolso dos amigos cubanos de dinheiro e evitar a criação de uma carreira pública no Brasil,  que poderia ser crítica e demandadora de recursos. Se houvesse decência no Ministério da Saúde, retiraria o termo "médico" desse programa, e seria mais honesto. Mas honesto não ganha eleição nesse país."

Texto publicado originalmente em O Regional de Toledo-PR

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