Segundo suspeito pelo ataque contra Jair Bolsonaro é preso em Minas Gerais
O suspeito, que não teve a identidade revelada, deve ser ouvido pela Polícia Federal em Juiz de Fora
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Leonardo Augusto, especial para O Estado de São Paulo, O Estado de S.Paulo
06 Setembro 2018 | 20h10
BELO HORIZONTE - Um segundo homem, suspeito de participação no atentado contra o candidato do PSL nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, foi detido pelas forças policiais de Juiz de Fora, em Minas Gerais. As informações são do Superintendente da Polícia Judiciária, Carlos Capistrano
O suspeito, que não teve a identidade revelada, estaria neste momento sendo ouvido na Polícia Federal em Juiz de Fora. "Há informação de um segundo suspeito no caso. As investigações estão em andamento mas já temos a identificação de um provável segundo suspeito na cena do crime", disse o superintendente.
Por se tratar de um candidato à Presidência da República, a investigação fica a cargo da Polícia Federal. Conforme Capistrano, há delegados da Polícia Civil acompanhando os trabalhos na sede da PF em Juiz de Fora e no hospital da cidade, para informações sobre o estado de saúde do candidato.
"O protocolo de atuação da Polícia Militar nas atividades de campanha é o que chamamos de segurança aproximada. Ela faz a segurança ostensiva visando muito mais o público que se faz presente a esses eventos, que o candidato em si. O candidato à Presidente da República, a segurança pessoal dele, é responsabilidade dos agentes da Polícia Federal."
Em nota, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT) chamou o atentado contra Bolsonaro de "agressão inaceitável". Conforme o chefe do Poder Executivo estadual, o ataque " mostra o grau de risco em que se encontra hoje mergulhada a nossa democracia."
"Como governador do Estado de Minas Gerais, quero manifestar meu repúdio ao atentado praticado em Juiz de Fora, e minha solidariedade ao cidadão Jair Messias Bolsonaro, vítima dessa agressão inaceitável", afirmou o governador. "Minas é um estado de tradição democrática, que estimula e defende o debate político civilizado e pacífico e que condena todo e qualquer tipo de intolerância e de violência, especialmente aquela que atenta contra a vida e a integridade das pessoas."
Segundo o governador, "a violência não é caminho para resolução de conflitos, nem forma de participação no processo político. A defesa intransigente dos princípios democráticos, das liberdades civis e dos direitos humanos sempre pautou minha trajetória pessoal e minha atuação pública. Enquanto cidadão e militante da causa democrática a mais de cinquenta anos, manifesto minha repugnância àqueles que pregam a violência contra adversários políticos e mais ainda aos que a praticam."
"As autoridades de segurança pública do Estado já estão mobilizadas na apuração do fato, seguindo rigorosamente todos os procedimentos legais cabíveis. Como se trata de candidato à Presidência da República, o protocolo remete o registro da ocorrência à Policia Federal, o que já foi feito", segue o texto, lido pelo governador.
"Em nome do povo mineiro, repudio de forma veemente esse ataque que, sem dúvida nenhuma, mostra o grau de risco em que se encontra hoje mergulhada a nossa democracia."
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