ESCÂNDALO NO SENADO: exoneração de assessores confirma os rastros dos crimes




Por Mino Pedrosa
O escândalo resultado da troca de farpas entre dois assessores no gabinete do tucano, senador Izalcil Lucas (PSDB-DF), vice-líder no governo do presidente Jair Bolsonaro, começa com um desfecho perigoso. Chorando o leite derramado, mas, com atitudes retardadas, exonerou na sexta-feira (13), pelo menos três dos servidores envolvidos: Luciano Gomes de Lima, Rondinelly de Jesus Cabral e Rhayanny de Freitas Cavalcante, esta, servidora fantasma, concubina de Wigberto Tartuce (o Vigão), que se encontra perambulando por Miami a mais de 20 dias.
Para inglês ver, Izalci combinou o afastamento temporário de Luciano Lima do programa Todos Pelo DF na Rádio Atividade. Os supersticiosos acreditam que a decisão foi tomada em dia e hora errada. Os segredos nada republicanos do senador e seus subordinados bateram à porta do Palácio da Alvorada. O vice-líder do governo Bolsonaro é cotado para assumir a cadeira de Ministro da Educação, no entanto, poderá ter o pescoço na forca e perder o mandato. Mas, não será a superstição de sexta-feira 13 e sim o envolvimento em irregularidades.
Izalci foi procurado pelo jornalista Mino Pedrosa para esclarecer denúncias de extorsão e chantagem dentro de seu gabinete no Senado Federal, de acordo com matéria publicada no site Quidnovibrasil.com. O senador se esquivou da responsabilidade de agir com rigor na punição dos envolvidos e se manteve como moeda: por um lado cobrava do jornalista para que apresentasse as provas e por outro determinava que o seu assessor não entregasse nenhuma documentação.
Rondinelly se dizia vítima de extorsão de Luciano Lima e cansado de repassar recursos para Luciano na tentativa de excluir seu nome, o de Vigão e Marcelo Perbone na veiculação de matérias envolvendo grilagem de terras públicas de autoria de Mino Pedrosa, procurou o jornalista e fez várias denúncias praticadas por seu colega de trabalho.
Até aí, parecia ser uma briga dos assessores Luciano Lima, ponta de lança de Izalci a vários anos que diz ser o guardião de segredos nada ortodoxos do senador, com Rondinelly, o preposto que afirma ser “controlador financeiro da vida de Vigão”.  Rondinelly é o curinga que faz a interface entre o empresário dono da Rádio Atividade e Izalci em um contrato clandestino de um programa de rádio apresentado pelo senador e pago com os salários de servidores colocados por Vigão no gabinete com a chancela de Izalci que repassam seus dividendos oriundos do Senado Federal, ficando apenas com os vales refeição e o direito ao plano de saúde e bancam o espaço na rádio onde o senador apresenta um programa popular para se promover.
Além dos repasses em dinheiro para Luciano, Rondinelly financiou passagens aéreas para o senador Izalci e assessores em viagens para São Paulo tratando de negócios particulares. A exemplo o vôo pela companhia Latan na manhã do dia 14 de agosto de 2019, às 06:00hs da manhã e retorno ao fim do dia. Passagens que foram emitidas também usando os bônus de milhagem de Wigberto Ferreira Tartuce.
Rondinelly não precisava do salário do Senado, o que interessava era o crachá que credenciava o empresário e facilitava os negócios para suas empresas. As denúncias são calçadas nos registros de transferências bancárias, gravações de pagamentos em espécie e no cruzamento dos saques periódicos feitos pelos servidores para repassar como pagamento do programa de rádio.
O senador Izalci Lucas, faz jus ao velho ditado fechando as portas somente depois da casa arrombada.




https://quidnovibrasil.com/fenix-do-planalto/2020/escandalo-no-senado-exoneracao-de-assessores-confirma-os-rastros-dos-crimes/

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