A HIERARQUIA é um dos pilares que sustentam as Forças Armadas (no plural)

Tem início na sua base, no soldado mais moderno das três Forças e vai até o Presidente da República. Se ela ruir em qualquer ponto, base, meio ou topo, as Forças Armadas deixam de funcionar e entram em colapso.

A sua manutenção é responsabilidade de todos os militares das três Forças, do soldado mais moderno ao Oficial General mais antigo.

Vi esse Pilar ser atacado quando os Taifeiros, na reserva, foram promovidos a Suboficial, sem Curso de Formação ou de Aperfeiçoamento. 

Vi esse pilar ser atacado quando militares do Exército mais modernos, serem promovidos a Tenente e depois a Capitão, sem concurso, mas por uma promoção de carreira, por merecimento, passaram a minha frente, fiquei para traz, a hierarquia ficou em segundo plano. A Aeronáutica tem maior exigência para ingresso na Escola de Especialistas e o Curso tem maior duração em comparação com aquilo que é exigido pelo Exército, mas mesmo assim reconhece e recompensa inversamente.

Vi esse pilar ser atacado quando graduados da Força Aérea, que passaram por avaliação especial devido ao seu fraco desempenho profissional ou por problemas de disciplina serem promovidos a Tenente, após a realização de um concurso, concurso que purifica e perdoa tudo, enquanto aqueles que mantiveram a disciplina e o profissionalismo sequer foram cogitados a tal promoção, diminuindo desta forma o valor da disciplina, da hierarquia e do profissionalismo.

Os Oficiais da Força Aérea sempre se mantiveram alinhados com o Exército, hierarquicamente e financeiramente, mas nunca se preocuparam em alinhar o meio do pilar, negando aos graduados a promoção á Oficial por merecimento, negando aos graduados o percentual financeiro que é dado aos graduados do exército.

Hoje vemos a verdadeira Força Armada, EXÉRCITO com seus pilares fortalecidos, como força única, sem divisões. Na Aeronáutica temos uma divisão, uma Força Aérea dos Oficias e uma Força Aérea dos Graduados, divisão criada por nossos Comandantes, nos quais deveríamos confiar, afinal confiança faz parte da hierarquia.

Nossos Comandantes estiverem presentes na formulação da proposta de reforma da proteção social dos militares, mas novamente esqueceram de seus graduados, sequer compararam nossa situação com o Exército, se o tivessem feito teriam percebido a diferença, se perceberam se calaram, nos abandonaram. Sempre entendi hierarquia e disciplina como sinônimo de respeito, respeito de mão dupla, se não for assim não é respeito, se não for assim não há disciplina e não há hierarquia.

Os Graduados não são o problema e nem tão pouco a causa de qualquer crise, a hierarquia está sendo esquecida por aqueles que deveriam ser seus maiores protetores, nossos Comandantes. 

Como Graduado não quero esmola, compensação, não quero aquilo que é do Brigadeiro, nem o que é do Tenente ou do Capitão, quero aquilo que me cabe por direito, respeito, profissionalismo, disciplina e hierarquia. Seja militar da ativa, reserva, reformado, pensionista, Oficial ou Graduado, não podemos permitir a divisão da Força Aérea ou das Forças Armadas. Sou solidário aos Graduados da Marinha que como nós também estão passando pela mesma situação.

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