Silas Malafaia entra em ação, e militares perdem força para indicação ao MEC
Por Wilson Oliveira
Por muito pouco, Renato Feder não foi nomeado como novo ministro da Educação. Quando soube que uma pessoa ligada ao empresário Jorge Paulo Lemann estava para ser anunciado por Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia movimentou sua assessoria e pediu para que lhe colocassem em contato telefônico com o presidente. Enquanto isso, pediu que deputados evangélicos "levantassem a ficha" de Feder.
Com um dossiê completo em mãos, Malafaia foi atendido por Bolsonaro em um telefonema e fez uma cobrança ao presidente da República: que ele não abandonasse suas crenças, que não abandonasse a Palavra de Cristo. Então Silas Malafaia resolveu ser mais direto ao ponto e praticamente exigiu que o presidente não colocasse à frente do MEC uma pessoa que defende a legalização das drogas.
Bolsonaro se mostrou surpreso com o que acabava de ouvir e pediu que Silas Malafaia explicasse melhor sobre o que estava falando. Foi aí que o líder da Assembleia de Deus mostrou "o outro lado" do currículo de Renato Feder, como a ligação com Lemann, a doação para a campanha de João Doria, e bom trânsito com ferrenhos críticos do governo, como MBL e Luciano Huck, além da boa relação com ONG's e sindicatos ligados à partidos da extrema-esquerda.
Jair Bolsonaro ficou bastante irritado e fez um desabafo a Silas Malafaia. O presidente reclamou que pessoas do governo não estão passando as informações completas como deveriam. De acordo com apuração feita por O Congressista, essas pessoas são os generais Walter Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. É a primeira vez que se tem notícia de Bolsonaro reclamando dos seus dois conselheiros mais próximos.
Outra informação levantada por O Congressista é que o presidente Jair Bolsonaro está bastante nervoso com o fato de vários veículos da imprensa brasileira terem noticiado ao longo de sexta-feira que a nomeação de Renato Feder para o MEC já estava definida. Bolsonaro também acredita que essas notícias foram ao ar por informações passadas por Braga Netto e Ramos para jornalistas.
Corre nos bastidores do Palácio do Planalto que a denominada "ala militar" do governo, encabeçada justamente por Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos, trabalha incansavelmente para afastar Jair Bolsonaro dos seus apoiadores conservadores, que também são chamados de "olavistas" por esses militares. Acredita-se que o vazamento da informação sobre a nomeação de Feder foi motivada por esse objetivo.
Ainda não é possível afirmar que os dois citados estejam correndo risco de demissão, já que eles ocupam funções bastante estratégicas dentro do governo. Porém, até mesmo outros militares como General Heleno e Tarcisio Gomes de Freitas acreditam que Braga Netto e Ramos estão "passando dos limites" na briga contra os apoiadores conservadores do presidente.
Vale lembrar que assim como Renato Feder, Carlos Alberto Decotelli também era uma indicação de Braga Netto e Ramos. Portanto, já são dois nomes que a chamada cúpula positivista do governo tentou levar para o MEC e não conseguiu. E as duas derrotas aconteceram na mesma semana.
Fontes consultadas por O Congressista informaram que Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização do MEC, Sérgio Sant'Ana, ex-assessor do próprio Weintraub, e Ilona Becskeházy, atual secretária de Educação Básica do MEC, continuam com chances de serem o escolhido, mas o candidato mais forte é Anderson Correia, ex-presidente da Capes e atual reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Trata-se de um militar que também é evangélico e que já é conhecido de Bolsonaro há bastante tempo.
Por muito pouco, Renato Feder não foi nomeado como novo ministro da Educação. Quando soube que uma pessoa ligada ao empresário Jorge Paulo Lemann estava para ser anunciado por Jair Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia movimentou sua assessoria e pediu para que lhe colocassem em contato telefônico com o presidente. Enquanto isso, pediu que deputados evangélicos "levantassem a ficha" de Feder.
Com um dossiê completo em mãos, Malafaia foi atendido por Bolsonaro em um telefonema e fez uma cobrança ao presidente da República: que ele não abandonasse suas crenças, que não abandonasse a Palavra de Cristo. Então Silas Malafaia resolveu ser mais direto ao ponto e praticamente exigiu que o presidente não colocasse à frente do MEC uma pessoa que defende a legalização das drogas.
Bolsonaro se mostrou surpreso com o que acabava de ouvir e pediu que Silas Malafaia explicasse melhor sobre o que estava falando. Foi aí que o líder da Assembleia de Deus mostrou "o outro lado" do currículo de Renato Feder, como a ligação com Lemann, a doação para a campanha de João Doria, e bom trânsito com ferrenhos críticos do governo, como MBL e Luciano Huck, além da boa relação com ONG's e sindicatos ligados à partidos da extrema-esquerda.
Jair Bolsonaro ficou bastante irritado e fez um desabafo a Silas Malafaia. O presidente reclamou que pessoas do governo não estão passando as informações completas como deveriam. De acordo com apuração feita por O Congressista, essas pessoas são os generais Walter Braga Netto, ministro-chefe da Casa Civil, e Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo. É a primeira vez que se tem notícia de Bolsonaro reclamando dos seus dois conselheiros mais próximos.
Outra informação levantada por O Congressista é que o presidente Jair Bolsonaro está bastante nervoso com o fato de vários veículos da imprensa brasileira terem noticiado ao longo de sexta-feira que a nomeação de Renato Feder para o MEC já estava definida. Bolsonaro também acredita que essas notícias foram ao ar por informações passadas por Braga Netto e Ramos para jornalistas.
Corre nos bastidores do Palácio do Planalto que a denominada "ala militar" do governo, encabeçada justamente por Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos, trabalha incansavelmente para afastar Jair Bolsonaro dos seus apoiadores conservadores, que também são chamados de "olavistas" por esses militares. Acredita-se que o vazamento da informação sobre a nomeação de Feder foi motivada por esse objetivo.
Ainda não é possível afirmar que os dois citados estejam correndo risco de demissão, já que eles ocupam funções bastante estratégicas dentro do governo. Porém, até mesmo outros militares como General Heleno e Tarcisio Gomes de Freitas acreditam que Braga Netto e Ramos estão "passando dos limites" na briga contra os apoiadores conservadores do presidente.
Vale lembrar que assim como Renato Feder, Carlos Alberto Decotelli também era uma indicação de Braga Netto e Ramos. Portanto, já são dois nomes que a chamada cúpula positivista do governo tentou levar para o MEC e não conseguiu. E as duas derrotas aconteceram na mesma semana.
Fontes consultadas por O Congressista informaram que Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização do MEC, Sérgio Sant'Ana, ex-assessor do próprio Weintraub, e Ilona Becskeházy, atual secretária de Educação Básica do MEC, continuam com chances de serem o escolhido, mas o candidato mais forte é Anderson Correia, ex-presidente da Capes e atual reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica. Trata-se de um militar que também é evangélico e que já é conhecido de Bolsonaro há bastante tempo.
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