Frota zero quilometro, a FAB nos anos 70 !!!
Quando essa foto foi tirada a FAB alinhava 16 caças Mirage IIIEBR, 42 caças F-5E/B e 166 AT-26 Xavante, todos novos em folha.
Um total de 224 aviões de combate na sua frota.
E detalhe era a frota mais nova e de pronto emprego na América Latina (Exceção era a poderosa Cuba).
Em 1978, um grande exercício no Sul onde dezenas de Xavantes cada um carregando 04 bombas de Napalm, foguetes Sbat-70 e bombas de 220 kilos, destruíram alvos imaginários em uma grande área.
No alto mais de 24 caças F-5E davam cobertura.
Naquela época nenhuma força aérea latina podia colocar tamanha quantidade de aeronaves no ar para uma única missão.
Na ocasião esse exercício chocou os militares Argentinos, segundo a jornal o Estado de São Paulo da época, a Argentina não mais ameaçou o Brasil em relação a Itaipu, os militares argentinos chegaram a ameaçar o Brasil por causa de Itaipu.
Provavelmente a terrível visão de enxames de Xavantes queimando com Napalm dezenas de quilômetros quadrados pode ter sido decisivo para o recuo Argentino.
Para atenuar a inferioridade numérica diante da FAB, a Argentina comprou cerca de 39 caças IAI Nesher usados e cansados de guerra de Israel, rebatizando de Finger (um lote já em 1978 e outro em 1980), e iniciou uma modernização de seus velhos e cansados Skyhawk A-4 dos 60 originais restavam em 78, 48 caças Skyhawk sendo 26 A-4B, 12 A-4C e 10 A-4P).
Para contrabalançar a Argentina comprou 70 Pucará turbo-hélices de contra insurgência.
A Argentina também comprou em total segredo 14 caças Super Etendard.
Apesar disso a FAB já tinha no Sul do Brasil vantagem tecnológica no que tange a Radares de longo alcance com o recentemente instalado Cindacta II cobrindo toda a região sul, controlando todo o espaço aéreo Uruguaio, chegando perto de Buenos Aires.
Algo que a Argentina até os dias de hoje nunca conseguiu igualar.
A tentativa Argentina de igualar a quantidade de aviões prontos para o combate também nunca foi igualada.
Na guerra das Malvinas a Argentina só conseguia motar ataques de esquadrilhas, nunca em massa.
O Brasil gozava na época de vantagem ar-ar, com 36 F-5E e 13 Mirage IIIE com radares a bordo 49 caças com radares, o que dava uma vantagem tática absoluta para a FAB em confronto ar-ar.
A Argentina de sua frota de 19 Mirage IIIE em 78, 16 tinham radares Cyranos mas era só isso.
O resto de sua aviação de combate era praticamente cega dependendo de bom tempo e orientação de radar de terra.
A argentina não tinha um sistema de controle de defesa aérea integrado como o do Brasil, com seus radares cobrindo somente pontos de interesse.
Sua frota de Finger e A-4 não tinham radares e eram cegos nesse sentido sendo aeronaves destinadas ao ataque.
A FAB com o caça F-5E tinha completa vantagem sobre os Argentinos no quesito dogfighter já que tanto os Mirages como os Finger não eram páreos para o manobrável F-5E.
Bom era essa a situação entre as duas potências regionais da época.
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