Militares se organizam em torno da criação de comissão nacional que vai unir vereadores militares
Na opinião de vários militares a frente nacional de vereadores militares é a bandeira que faltava para a mobilização da família militar para o pleito de 2020. Eles acreditam que, unidos, algumas dezenas de vereadores, a exemplo do que hoje faz a frente nacional dos prefeitos, podem pressionar o executivo para ouvi-los em demandas relacionadas a militares das Forças Armadas.
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Nas redes sociais de militares um dos assuntos mais comentados é a possível criação de uma comissão nacional de vereadores. A partir de uma publicação inicial no site Sociedade Militar, entrevistas e áudios de um militar de Brasília a coisa começou a se espalhar e os militares, antes sem esperança por conta da pouca representatividade gerada pela eleição de militares para as câmaras municipais, agora enxergam a possibilidade de militares-vereadores de todo o país criar uma entidade que possa representar a família militar diante do governo federal e o que é melhor, formada por políticos exercendo mandato, portanto com imunidade contra os insistentes ataques do Ministério da Defesa, que persiste tentando punir militares da reserva que ousam expressar sua opinião sobre os projetos de lei e outros assuntos.
Militares do Rio de Janeiro, por exemplo, onde a família militar conta com mais de 230 mil membros, acreditam que será possível eleger vereadores-militares em várias cidades, entre elas, Duque de Caxias (Cláudio Cunha), São Gonçalo (Zacarias), Cidade do Rio de Janeiro (Bonifácio) e Belford Roxo (Tuninho Medeiros), onde estão pré-candidatos que já declararam apoio ao projeto da Comissão ou Frente Nacional de Vereadores Militares.
Em sua fala Marcio Rodrigues, um militar de Brasília, uma das lideranças que representa graduados diante do Senador Izalci Lucas, diz que uma comissão desse tipo poderia representar militares de maneira efetiva – e quem sabe – por sua força política em âmbito local, chegar até o Presidente da República e ministros, forçando a mudança de regulamentos e apresentando as demandas diretos a quem realmente pode resolver.
De fato, muitos explicam que nem mesmo deputados federais isolados têm muita força em questões relacionadas a reajuste e carreira dos graduados das Forças Armadas, tendo em vista que, pela CF1988, isso é atribuição exclusiva do poder Executivo. A força que vereadores possuem em âmbito local e unidos para eles será suficiente para que a Comissão Nacional ou Frente Nacional de Vereadores Militares seja significativa o bastante para ser recebida por membros do governo e até pelo presidente da república. Ha outras frentes de vereadores, explicam, que tem conseguido acesso ao Palácio do Planalto.
“tenho uma demanda antiga, a criação de hospital ou pelo menos de um ambulatório militar, para as três forças, em cidades onde há grande número de militares mas não há hospital militar… com essa frente de parlamentares essa ideia chegaria com força no poder executivo, como nossos votos em âmbito local teríamos como pressionar… voto é tudo em política. Se tivermos 20 militares eleitos em vários estados podemos já ter representação em Brasília em janeiro, a gente cria a frente, aluga um escritório em Brasília e mantém gente lá pra concentrar as demandas. Será o quartel general da família militar. Cada um dos pré-candidatos se compromete em fazer parte… “, diz um militar, pré-candidato.
“vai chegar com a força de milhões de votos nas costas, gerando visibilidade, talvez seja isso que nós necessitávamos… um vereador talvez não tenha muita força, mas ele fazendo parte de uma grande frente parlamentar, de norte a sul… quando ele vai com uma frente de vereadores ele vai ser ouvido, ele vai ter voz… a partir de janeiro de 2021, … ”
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