O Imortal José Dirceu
Roberto Saboya. Julho, 2018
O impossível acontece. Após 2 cassações, 3 condenações
e 5 prisões, José Dirceu reaparece como líder de um movimento de conquista do
poder conhecido como “Operação Lula Livre”. José Dirceu é o Drácula da politica
brasileira. Não adianta crucifixo, estaca de madeira ou penca de alho, Dirceu
sempre ressuscita e sai das trevas para chupar o sangue do eleitorado
brasileiro.
Desde que caiu em desgraça Dirceu já foi condenado ha mais
de 30 anos de cadeia. Ficou pouco tempo. Com ajuda de “cumpanheiros”, foi
preso, solto, preso, solto, depois preso, depois solto novamente. Tal como
Drácula, Dirceu sempre ressuscita e hoje, novamente livre, dedica-se a
conclamar o povo a se revoltar contra o sistema em vigor.
Preso e deportado por ter tentado tomar o poder pela força
das armas, Dirceu voltou incógnito, disfarçado como agente marxista cubano,
para se infiltrar no sindicalismo paulista. Desta vez, o plano era assumir o
poder pela força do voto. Como suas ideias marxistas não tinham guarida junto
ao empresariado, eterno cúmplice dos políticos bem sucedidos, Dirceu partiu
para o saque das prefeituras. Celso Daniel, Antônio Palocci e Marta Suplicy são
bons exemplos desse período de iniciação ao crime.
Com o dinheiro arrecadado partiu para a conquista do poder.
Com seus novos aliados, Michel Temer, Aécio Neves, Lula, José Serra e outros,
conseguiu incluir na Constituição de 1988 clausulas que inviabilizavam a prisão
de políticos corruptos, tais como o foro especial e o transito em julgado. Por
precaução, estendeu esse benefício a eventuais algozes, tais como juízes,
promotores, desembargadores, ministros e os militares.
Com o esquema montado, partiu para a conquista do
empresariado prometendo aliança eterna na partilha do erário. Bem sucedido,
elegeu seu poste, o sindicalista Luís Inácio Lula da Silva, posicionando-se no
cargo estratégico de Ministro Chefe da Casa Civil, posição essa que lhe
permitia cooptar toda a classe politica.
Retalhou a Petrobras entre José Janene, do PP; Renan
Calheiros, do grupo do PMDB Senado e Michel Temer, do grupo do PMDB da Câmara;
os Correios ficaram com Roberto Jefferson, do PTB; entregou Minas e São Paulo
ao PSDB de Covas, Aécio e Alckmin e o Rio de Janeiro ao PMDB de Sergio Cabral e
Eduardo Cunha. Os demais partidos receberam porções menores, mas não menos compensadoras.
Reservou para o PT as grandes obras e o dinheiro do BNDES. Segundo a Lava Jato,
Emilio Odebrecht entregou R$16 bilhões e Joesley Batista outros R$800 milhões.
Estava tudo pronto para assumir o poder em 2012 quando uma
briga de quadrilhas desalojou-o do poder. Dirceu não desanimou e mesmo preso e
condenado persistiu na luta. Tem quase todos os candidatos em suas mãos, pois
em algum momento usou o seu poder para protegê-los, enriquecê-los ou
chantageá-los. Se qualquer um for eleito, cobrará liberdade total para si e
seus companheiros e reiniciará sua luta. Seu único risco são os candidatos que
nunca participaram da rapina, tais como Jair Bolsonaro e João Amoedo.
Dirceu não é imortal. Drácula também não. Ambos podem ser
exterminados mediante exposição aos raios de sol. No clássico filme da Hammer,
Peter Cushing abre as cortinas do castelo e mata Christopher Lee, o Drácula.
Joaquim Barbosa abriu as cortinas do Planalto e expôs José Dirceu. Agora
cabe a nós, eleitores, varrer as cinzas do passado e fazer a limpeza definitiva
de todos os demônios remanescentes de Brasília.
Às urnas, cidadãos, às urnas!!!
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