Milton Pires, médico e fundador da União Conservadora Liberal


Por Milton Pires, médico e fundador da União Conservadora Liberal por ocasião da reunião da Cúpula das Américas, em Foz de Iguaçu, 27/07/18:


Excelentíssimo Sr. Deputado Federal e candidato à Presidência da República Jair Messias Bolsonaro, autoridades civis e militares, filósofos, historiadores, jornalistas, professores e funcionários públicos, estudantes universitários, profissionais liberais, organizadores e palestrantes da Cúpula das Américas, senhoras e senhores participantes, cidadãos brasileiros:


Compartilhamos a incomunicável experiência de sobreviver ao mais nefasto e indecente, corrupto e amoral regime político de nossa história – o Regime Petista. Vivemos ainda sob a base partidariamente amorfa da Organização Criminosa que hoje adota o nome de “MDB” e que sustentou politicamente o Governo Petista dentro do Congresso Nacional.


Trazemos em nossos corações a mágoa, a dor de viver e de acordar todos os dias, num país gigantesco (rico em possibilidades de crescimento) destruído do ponto de vista econômico, político e, antes de tudo, cultural. Aqui nos encontramos reunidos pela esperança de viver num Brasil melhor.


Vinte e oito anos atrás, no dia quatro de julho de 1990, espaço de tempo que supera a duração do Regime Militar e o seu fim no nosso país, era promulgada a “Declaração de São Paulo” - manifestava-se ali mais um sintoma, mais um sinal da neoplasia, da doença comunista da Revolução Cultural Gramsciana, cujo plano era a tomada da Administração Pública, das chaves dos cofres e dos arsenais, da máquina de Governo do Brasil e de todos os países da América Latina.


Dez anos antes da Primeira Reunião do Foro de São Paulo, e ainda no contexto da existência da União Soviética e do Bloco Socialista que dividia o mundo na Guerra Fria, o Brasil viu nascer, em 1980, o Partido dos Trabalhadores.


O PT surgiu da reunião dos criminosos ligados aos sindicatos paulistas com a esquerda universitária (frustrada pela sua derrota na luta armada) e com padres comunistas que defenderam e esconderam terroristas durante o Regime Militar.


Embora o PT tenha nascido em 1980 e a primeira reunião do Foro de São Paulo só tenha acontecido dez anos depois, urge lembrar que o plano comunista de dominar o Brasil já vinha sendo colocado em prática há muito tempo.


Durante todo Regime Militar nossa cultura foi deixada de lado, nossas crianças cantavam músicas de Chico Buarque e depois eram mandadas guardar o Fogo Simbólico durante a Semana da Pátria nas Escolas Públicas.


A Rede Globo de Televisão, ao mesmo tempo em que crescia com as concessões dadas pelos Generais Presidentes, corrompia nossas futuras gerações levando o país a considerar como fatos normais e corriqueiros o uso de drogas, a iniciação sexual precoce de nossas crianças e o homossexualismo.


A instituição formadora da civilização judaico-cristã, o pilar do Mundo Ocidental – a Família – foi atacada de todas as formas possíveis e imagináveis. A Igreja Católica Brasileira, através da CNBB, entregou-se ao PT: faltava só conquistar o Palácio do Planalto.


Senhoras e senhores, digo que a verdadeira Revolução, a Revolução Cultural, se fez em silêncio, sem derramamento de sangue algum, corrompendo, amolecendo, apodrecendo qualquer resquício de cultura, de moral, de comportamento ético capaz de impedir a tomada do poder político e econômico.


A Revolução Cultural, eu lhes asseguro, antecedeu a luta armada da década de sessenta, já existia quando o PT foi criado e, por ocasião do primeiro Foro de São Paulo, em 1990, aprimorou-se no sentido geopolítico para que pudesse controlar toda América Latina.


A Revolução Cultural nos cerca em toda parte: ela está dentro de nossas casas, nas nossas escolas, universidades e quartéis, ela é a novela da Rede Globo, a manchete do Jornal Nacional, o politicamente correto que nos impõe o medo e a autocensura permanentes que nos constrangem até mesmo quando queremos responder às perguntas de nossos filhos dentro de casa.


A Revolução Cultural já era fato quando foi formado o Colégio Eleitoral que daria um sucessor ao General Figueiredo. Tancredo Neves faleceu e Sarney assumiu quando a cultura brasileira toda nada mais era que um “puxadinho” da esquerda – nós esquecemos Rui Barbosa, Machado de Assis, Aleijadinho, Heitor Villa Lobos, Euclides da Cunha…


Nós matamos e enterramos em covas rasas os nomes de homens como Gilberto Freyre, Otto Maria Carpeaux, Mário Ferreira dos Santos, Nelson Rodrigues…O Brasil não “matou”, ele nem mesmo reconhece oficialmente como filósofo um gigante do pensamento nacional como Olavo de Carvalho.


Nós permitimos a expressão sem contraponto, o trabalho de formiguinhas comunistas como Marilena Chauí, Paul Singer, Chico Buarque e Caetano Veloso... Nós os deixamos plantar as sementes, fecundar os óvulos que deram origens a Jojô Todinho, McGuimê, Anitta, Wagner Moura, Márcia Tiburi e Guilherme Boulos…


Encontramo-nos hoje aqui presentes depois de treze anos de Regime Petista. Nossa cultura inteira desmoronou: se o Brasil hoje desaparecesse da civilização não deixaria nada do tempo presente. Ao nosso redor milhões de desempregados buscam uma maneira honesta de sustentar suas famílias, pacientes morrem como bichos em UPA’s e emergências imundas, sem médicos (ou atendidos por falsos médicos trazidos por Alexandre Padilha) sem remédios, sem equipamento…Os professores apanham de verdadeiras gangues de traficantes que se formaram dentro das escolas públicas, policiais são assassinados omo moscas tendo como mandantes os criminosos que fazem, à vontade, ligações telefônicas de dentro dos presídios.


Negamos a necessidade de um Regime de Exceção, agarramo-nos a ideia de “instituições funcionando”, acreditamos nas eleições de outubro mas, ainda assim, ao nos pedirem um exemplo de algo que funcione no Brasil (do ponto de vista institucional) só conseguimos citar o nome de uma Operação da Polícia Federal que se fez necessária depois da tragédia de 2003.


Em 2003 a Nação, na sua mistura de ignorância e doença mental produzida pela Revolução Cultural, entregou o Brasil a um alcoolista analfabeto, envolvido com o crime organizado do ABC paulista.


Este homem, ex-informante do Regime Militar e que foi “criado” pelo General Golbery do Couto e Silva para amenizar a ameaça de Leonel Brizola, é hoje o presidiário Luís Inácio Lula da Silva.


Lula produziu uma “Revolução Copernicana” na História Política do Brasil: antes dele a corrupção girava ao redor do Governo. Depois dele o Governo passou a girar ao redor da Corrupção.


MENSALÃO, PETROLÃO, ELETROLÃO foram e sempre serão manifestações diferentes de um mesmo fenômeno regido por um só princípio comunista - “governo e estado, lei e justiça, partido e poder, são todos uma só coisa a serviço da revolução mundial”.


Dez anos depois de 2003, sob o jugo de uma estocadora de vento, de uma assaltante de cofres que enxerga cães invisíveis e saúda a mandioca, a esquerda brasileira tentou dar mais uma “volta no parafuso”.


Eram as manifestações de junho: esquizo-anarquistas, encapuçados do PSOL, marginais de todos os tipos, desajustados, gente perto de quem os petistas, com toda sua ignorância e truculência, eram “intelectuais”, tentaram transformar o Brasil em Venezuela.


Não conseguiram e o estamento burocrático, a eterna máquina de corrupção que sabe que não pode “matar a galinha dos ovos de ouro”, decidiu derrubar Dilma Rousseff.


Dilma não caiu, eu lhes asseguro, por causa das manifestações de rua nem da Operação Lava Jato: caiu porque a parte da Organização Criminosa conhecida hoje como “MDB” assim o quis.


Caiu porque o MDB entendeu que, com Dilma, não haveria hoje Brasil para continuar roubando. Caiu porque o dólar chegaria a cinco reais, porque a economia estava parando e o Brasil chegando ao colapso total. Dilma foi derrubada, o MDB assumiu e continua, eu lhes afirmo, roubando, saqueando, mentindo, corrompendo e fraudando, destruindo o Brasil como nunca.


Hoje todo Brasil, toda Nação, já entendeu que o Exército Brasileiro (porque não pode ou porque não quer) não pretende assumir o Governo. O Brasil vai aceitar, portanto, uma eleição com urnas eletrônicas sem comprovante algum, voto obrigatório e apuração final secreta.


O Brasil vai, antes de qualquer coisa, apostar num Governo Honesto com um Supremo Tribunal Federal a serviço dos criminosos do Congresso Nacional e, no final das contas, vai permitir que o velho MDB se “renove” e continue controlando Câmara e Senado Federal.


Senhoras e senhores, nós lançaremos, apostaremos todas a nossas fichas em um só nome: Jair Messias Bolsonaro.


Nosso encontro em Foz do Iguaçu, além de marcar o início de uma série de encontros de contraponto ao Foro de São Paulo, tem uma outra tarefa. Tarefa esta cuja apologia passo agora a fazer:


O futuro político do Brasil divide-se em dois Planos de Poder e em três Forças Políticas.


O primeiro Plano de Poder é a manutenção e aprofundamento da Revolução Cultural e de toda agenda do Foro de São Paulo. O segundo é o nosso: é aquilo que passo desde já a chamar de “Contra Revolução Cultural”, é o resgate moral e cívico da Nação através de um Governo não controlado pelo Foro de São Paulo e conquistado por uma “União entre Conservadores e Liberais”.


As três Forças Políticas em jogo aqui são: Jair Bolsonaro (e nós que nos apresentamos aqui como seus aliados) a extrema esquerda (a esquerda que berra pelas ruas que quer “Lula Livre”) e uma terceira força – os sociais democratas, os “limpinhos”, os integrantes do “Centrão” que, na pessoa do Sr. Geraldo Alckmin, reuniram (como disse Jair Bolsonaro) a “nata, a elite de tudo que não presta na Política Brasileira”.


Senhores, temos pela frente um gigantesco desafio – o desafio de fazer com que o país tenha eleições justas, eleições que não sejam escandalosamente roubadas como fez o PT em 2014 quando Dias Toffoli trancou-se, por mais de meia hora, com o resultado final das urnas eletrônicas antes de proclamar Dilma Rousseff como vencedora.


O Brasil, neste momento, precisa de uma gigantesca união ideológica, de um movimento cultural só, de uma única linguagem e um só discurso, capazes de unir liberais da economia e conservadores da cultura, num paradoxo de salvação, até mesmo numa contradição sem precedentes na História das Democracias Ocidentais - a “União Conservadora Liberal” (UCL).


A União Conservadora Liberal, que passo agora a chamar de UCL, deve propor um combate sem tréguas ao Foro de São Paulo e seus candidatos – sejam eles aberrações psiquiátricas que defendem a ideia de crianças tocando homens nus em “exposições” ou “limpinhos civilizados” da Social Democracia da Avenida Paulista que integram despudoradamente o Foro de São Paulo e que querem aprofundar, com uma linguagem mais moderada e um “comunismo com taxas mais baixas”, a Revolução Cultural que liquidou o Brasil.


Aproxima-se de nós um dos momentos mais dramáticos de nossa História. O que fizermos em outubro será lembrado por nossos filhos. “União” é, a partir de agora, a nossa palavra de ordem para mudar o país.


Brasil acima de Todos. Deus acima de Tudo!


Foz do Iguaçu, 27 de julho de 2018.

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