Satisfação sobre uso das Forças Armadas é afronta ao chefe de estado e ignorância do texto constitucional



A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Carmen Lúcia, numa ação proposta pelo Partido Verde (PV), determinou que o presidente da República e o ministro da Defesa, prestem informações sobre o emprego das Forças Armadas na Amazônia.

Possivelmente, entre tantos absurdos já cometidos pelos atuais ministros do STF, este talvez seja um dos mais graves. A ministra, além de afrontar diretamente o Presidente da República, o Ministro da Defesa e a própria instituição Forças Armadas, demonstra absoluto desconhecimento do texto constitucional e a utilização de seu cargo para a promoção de interesses mesquinhos, ideológicos e partidários.

Para tanto, basta que se leia alguns artigos da Constituição Federal. São claríssimos.

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: XIII – exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos.
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Ou seja, noutras palavras, qualquer pessoa que saiba interpretar um texto, percebe que o Presidente da República é o ÚNICO chefe supremo das Forças Armadas. Não há qualquer satisfação a ser dada para a ministra. Assim, prevalece mais uma vez o que foi dito pelo ministro Marco Aurélio Mello.

Em um momento de extrema sensatez e louvável lucidez, ele alertou que partidos de oposição estão usando o STF para desgastar o presidente Jair Bolsonaro.

“Como já disse em sessão, do caso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o STF está sendo utilizado pelos partidos de oposição para fustigar o governo. Isso não é sadio. Não sei qual será o limite”, afirmou o ministro.

De fato, isso não é sadio, mas precisa ter limites.



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