A Batalha de Pirajá (1823)
Na esquina da Rua Visconde de Pirajá com a Rua Garcia D'Ávila, em Ipanema, Rio de Janeiro, encontra-se a estátua de um soldado todo molengo, apoiado num poste para não cair e tocando uma corneta. O que pouca gente sabe é que aquela figura caricata é uma homenagem a um herói da História do Brasil. Um herói por acaso que mudou o curso da história de nosso país.
Quando Dom Pedro I proclamou a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822, a guarnição portuguesa estacionada em Salvador rebelou-se e recusou-se a aceitar o novo regime. Foram então enviadas tropas brasileiras para dominar o motim e restabelecer a autoridade do imperador na capital baiana.
Os portugueses, mais numerosos, mais bem armados e mais bem treinados estavam ganhando a batalha. O comandante das forças brasileiras, sentindo a derrota iminente ordenou ao Corneteiro Lopes que desse toque de “Debandar!”. Reza a lenda que Lopes, completamente embriagado, se confundiu e, em vez de “Debandar!”, deu o toque de “Avançar! Degolar!”.
Diante da reação dos brasileiros, os soldados portugueses, convencidos de que os baianos haviam recebido reforços, bateram em retirada e as tropas do Imperador retomaram Salvador. Era o dia 2 de julho de 1823, que até hoje é comemorada como a data da Independencia da Bahia e o conflito foi batizado como a “Batalha de Pirajá”.
Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, um senhor de engenho baiano, foi um dos principais heróis da Independência da Bahia, e por isso foi agraciado por Dom Pedro I com o título de Visconde de Pirajá em 1826. Daí a homenagem eternizada em uma estátua de bronze ao Corneteiro Lopes ficar exatamente na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, Rio de Janeiro.
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