General Fernando Azevedo é NEGATIVADO por graduados e pensionistas em CONFERÊNCIA com EX-MINISTROS

 

Nessa sexta-feira o Ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, foi confrontado por graduados e pensionistas das Forças Armadas em uma VIDEOCONFERÊNCIA sobre Forças Armadas e defesa. Os debatedores foram o ex-ministro chefe do GSI, o general Sergio Etchegoyen e o ex-ministro da DEFESA Raul Jungmann. O atual ministro da defesa é apontado por militares e alguns parlamentares como o principal responsável pela negativa do governo em cumprir um acordo feito no final de 2019 entre a Bancada do Governo e o SENADO. Em troca da aprovação rápida do então PL-1645 o governo se comprometeu em realizar alterações para consertar erros na lei que atualmente trata da remuneração dos militares e pensionistas.

Durante a conferência online, Jungmann, que era o mediador, chegou e banir dos campos de bate-papo vários militares que fizeram perguntas ou colocações sugerindo que abordassem o tema salário dos militares.

A maior parte dos 182 comentários postados abaixo do vídeo questionam sobre a reestruturação das carreiras, implementada por meio da lei 13.954/2019, sancionada em dezembro de 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro. Os graduados, pensionistas e muitos oficiais subalternos alegam que membros da cúpula das Forças Armadas se beneficiaram, abandonando a própria sorte graduados na reserva e pensionistas.

Nos campos de comentários pelo menos 97% das colocações são negativas em relação a FERNANDO AZEVEDO e alguns graduados questionaram fortemente o ministro, que é general na RESERVA. O vídeo com a participação do Ministro da Defesa foi de longe o mais comentado de todos os já postados pelo instituto IREE. Até agora são 205 comentários abaixo da postagem do instituto no YOUTUBE.

“Traidor dos praças das e forças armadas”; “Ministro Fernando, estamos esperando que se cumpra o acordo que retirou as emendas que corrigiram a lei”; “Infelizmente esse ministério da defesa nada faz para corrigir a diferença dos RM1 é inaceitável a postura do representante do ministério da defesa “, são alguns dos comentários.

Quem acompanha a movimentação política dos militares das Forças Armadas está percebendo que algo de muito diferente está ocorrendo. Os generais do Ministério da Defesa nos últimos meses têm que lidar com situações jamais vistas no passado, a manifestação política dos graduados é – segundo a visão de vários advogados – perfeitamente legal, mas todos sabem que a cúpula das Forças Armadas nem sempre recebe de forma amistosa a crítica dessa parcela das Forças Armadas. Uma colocação de Barbosa Lima Sobrinho, feita ainda nos anos 60, ilustra bem a posição que os generais mantém até hoje.

“… não há como entender, ou justificar, que generais possam ter direito a manifestações políticas e que o mesmo direito seja negado aos suboficiais, de modo a que sejam presos aqueles que

pretenderam seguir os exemplos de seus superiores hierárquicos ” Barbosa Lima Sobrinho

Para piorar as coisas para a defesa o que os generais mais temem deve acontecer na próxima semana, manifestações encabeçadas por graduados. Há uma jornada de manifestações de graduados marcada para a próxima semana, durante três dias haverão atos em frente ao Ministério da defesa, Congresso Nacional e Palácio do Planalto. Portanto, é quase inevitável que Fernando Azevedo entre para a história como o general que criou as condições para um novo período de politização dos militares das Forças Armadas.

 

https://www.sociedademilitar.com.br/2020/10/general-fernando-azevedo-e-negativado-por-graduados-e-pensionistas-em-conferencia-com-ex-ministroos.html