Bolsonaro sabe o que faz. Quem quer que fosse o seu indicado sofreria críticas:
- Enquanto a "base aliada" estava se descabelando, por causa da nomeação de Kassio Nunes, preocupadíssima com as informações divulgadas pela grande imprensa, nos bastidores, as engrenagens da República já estavam rodando.
- Pra começar, o novo Ministro não "caiu no colo" do Presidente. Ao que tudo indica, Bolsonaro já o consultava, há tempos, especialmente em assuntos relacionados ao STF e sua pauta conservadora.
- O fato de o mesmo ter sido nomeado por Dilma Rousseff não diz muita coisa, já que os desembargadores João Pedro Gebran Neto e Leandro Paulsen, do TRF-4, que aumentaram a pena de Lula, também foram (entre muitos outros).
- Não podemos esquecer o exemplo do ministro da infraestrutura, Tarcísio Freitas, inquestionavelmente um dos melhores nomes do governo, que pertenceu à cúpula do Dnit, na administração da petista, e atuou na Secretaria Especial do PPI, no governo Temer.
- Com a nomeação de Nunes, sem o desgaste para colocar um nome "indigesto", o STF já mudou o posicionamento quanto às privatizações das refinarias da Petrobrás, autorizando que sejam feitas sem o aval do Congresso, diferentemente do que havia decidido em 2019.
- A jogada não apenas poupou o Presidente de escolher entre fazer uma articulação pesadíssima com o Senado, ou sofrer uma derrota vexatória e inédita, vendo o legislativo "barrar" uma indicação para o STF. Deu-lhe também a autonomia para realizar uma diminuição brutal na maior Estatal do Brasil, sem qualquer negociação com o Congresso. Uma economia imensurável de capital político.
- Há poucos dias, escrevi que o principal objetivo do governo não deveria ser fazer um "aparelhamento a la extrema direita" nas instituições, mas sim REDUZIR O ESTADO, para que, quando a esquerda voltar ao poder (sim, ela vai voltar um dia. Em uma democracia, o poder é cíclico) não tenha meios para sugar recursos ou, principalmente, fazer grandes interferências nas vidas dos cidadãos.
- É exatamente isso que o Presidente está fazendo. A privatização da Petrobrás é um duro golpe para aqueles que têm a intenção de, no futuro, voltar a saquear o Erário. Isso é óbvio para qualquer um que acompanhou de onde vinham os recursos que sustentavam a cleptocracia petista.
- Já disse isso várias vezes, mas vale a repetição: Poupem o fígado! Confiem no voto que deram. Embarcar na "onda da crítica construtiva", que alguns "intelectuais" teimam em alimentar, não é prova de "isenção", só de falta de estômago para aguentar a política tupiniquim.
- Enquanto os críticos jogam "par ou ímpar", Bolsonaro, com 3 décadas de Congresso e profundo conhecedor dos corredores de Brasília, joga xadrez 4D.
- Em tempo: Kassio e contra o aborto (votará contra a ADPF 442 caso seja pautada). É pró armas nos limites da lei (ele é CAC). Defende a família e as pautas econômicas (quem duvida que aguarde as votações). Resumindo, ele está 100% alinhado com Bolsonaro. O PR sabe o que faz.
- O Brasil não é para amadores!
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