Conheça o Foro de Madrid, iniciativa que fará contraposição ao Foro de São Paulo
Mais de 50 personalidades e intelectuais do mundo da política, cultura e sociedade civil assinaram a ‘Carta de Madrid’, promovida por Santiago Abascal, líder do partido de direita espanhol Vox, nesta última segunda-feira (26).
A iniciativa liderada por Abascal, que também comanda a Fundación Disenso, une representantes de mais de 15 nações que, em comum acordo, defendem a liberdade, a democracia e o Estado de Direito na Iberosfera.
A ‘Carta de Madrid’ marca o lançamento do Foro de Madrid, uma coligação com integrantes internacionais do Ocidente que compartilham dos mesmos valores e preocupações.
O foro já havia sido apresentado nos Estados Unidos em fevereiro deste ano e um primeiro evento presencial na capital espanhola estava previsto para junho, mas foi adiado por causa da pandemia do vírus chinês.
O grupo, que tem como representante brasileiro o deputado federal e presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara (CREDN), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), denuncia o perigoso avanço da extrema esquerda em ambos os lados do Oceano Atlântico.
Em publicação nas redes sociais, Eduardo garantiu que “ao contrário do Foro de São Paulo, [o Foro de Madrid] não utilizará recursos públicos de nenhum país envolvido e muito menos atentará contra a soberania de qualquer um deles, visando apenas difundir os valores de liberdade em seus países”.
Além do parlamentar brasileiro, assinam o documento a oposicionista venezuelana María Corina Machado; o ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma; a escritora e dissidente cubana Zoe Valdés; o deputado espanhol Vox Hermann Tertsch; o líder da Fratelli d’Italia, Giorgia Meloni; o presidente do Partido Republicano do Chile, José Antonio Kast; o ministro do governo boliviano, Arturo Murillo; e o ex-embaixador dos Estados Unidos na Organização dos Estados Americanos (OEA), Roger Noriega, entre outros.
Assinaturas da ‘Carta de Madrid’ — Imagem: Reprodução
A carta diz que “uma parte da região é sequestrada por regimes totalitários de inspiração comunista, apoiados pelo narcotráfico e outros países. Todos eles, sob a égide de Cuba e de iniciativas como o Foro de São Paulo o Grupo de Puebla, que se infiltram nos centros de poder para impor sua agenda ideológica.”
Os signatários do texto concordam que “o avanço do comunismo representaria uma ameaça à prosperidade e ao desenvolvimento de nossas nações, bem como às liberdades e direitos de nossos compatriotas.”
O grupo sugere que “o Estado de Direito, o Estado de Direito, a separação de poderes, a liberdade de expressão e a propriedade privada são elementos essenciais que garantem o bom funcionamento de nossas sociedades, pelo que devem ser especialmente protegidos diante de quem tenta miná-los.”
Por fim, o documento afirma que “a defesa das nossas liberdades é uma tarefa que pertence não só à esfera política, mas também às instituições, à sociedade civil, aos meios de comunicação, à academia, etc.” Os líderes expressam o seu compromisso “de trabalhar conjuntamente” na defesa desses valores e princípios.
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