Destacamento Traíra do Exército Brasileiro
Em 26 de fevereiro de 1991, um grupo de cerca de 40
guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que se
autodenominava "Comando Simon Bolívar", adentrou em território
brasileiro, próximo a fronteira entre Brasil e Colômbia, às margens do Rio
Traíra no Estado do Amazonas, e atacou de surpresa o Destacamento Traíra do
Exército Brasileiro, que estava em instalações semi-permanentes e possuía
apenas 17 militares.
Operações de inteligência afirmam que o ataque foi
motivado pela repressão exercida pelo destacamento de fronteira ao garimpo ilegal
na região, uma das fontes de financiamento das FARC. Nesse ataque morreram três
militares brasileiros e nove ficaram feridos. Várias armas, munições e
equipamentos foram roubados.
Imediatamente as Forças Armadas do Brasil, autorizadas pelo
presidente Collor e com o conhecimento e apoio do Presidente colombiano,
deflagraram secretamente a Operação Traíra, com o objetivo de recuperar o
armamento roubado e desencorajar novos ataques.
O Exército Brasileiro enviou militares de diversas Unidades,
incluindo o Batalhão de Forças Especiais e o 1º Batalhão de Infantaria de Selva
e aeronaves do Comando de Aviação do Exército.
A Força Aérea Brasileira apoiou a Operação Traíra, com seis
helicópteros de transporte de tropas H-1H, seis aeronaves de ataque ao solo AT-27
Tucano e aviões de apoio logístico.
A Marinha do Brasil também participou da operação com um
Navio Patrulha Fluvial.
O Exército Colombiano contribuiu com o Batalhão Bejarano
Muñoz, com o objetivo de bloquear a rota de fuga dos guerrilheiros durante o ataque
do Exército Brasileiro.
O saldo da Operação Traíra foi de 62 guerrilheiros
mortos, vários prisioneiros e a maior parte do armamento e equipamento
recuperados.
Desde então, nunca mais se soube de invasões das FARC em
território brasileiro, assim como de ataques a militares brasileiros.
Minha continência aos que tombaram no cumprimento do Dever.
Selva!!!
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