Bolsonaro abre a guarda e dá poder a amigos de Lula



Marta Nobre

Jair Bolsonaro está buscando um interlocutor junto a Lula. Temendo que o caldo entorne, o presidente quer alguém capaz de aparar as arestas. Há muitos nomes em vista. Todos fazem carreira dentro do governo. 

Desses, o que tem mais influência junto ao ex-presidente é o major-brigadeiro Rui Chagas Mesquita. O oficial foi ajudante de ordens de Lula. Mesmo fardado, costumava chamar o comandante-em-chefe das Forças Armadas pelo apelido. 

Mesquita está prestes a ganhar mais poder. Deve ser promovido antes do Natal. E passará a usar, como presente de Papai Noel, as quatro estrelas que identificam a mais alta patente no meio militar. Caso chegue realmente ao posto de tenente-brigadeiro, Mesquita passará a compor o alto comando da Aeronáutica. 

Será o primeiro quatro estrelas reconhecidamente petista a ocupar uma cadeira no centro nervoso do Poder desde a posse de Bolsonaro. Autoridades que circulam livremente pelos gabinetes da Praça dos Três Poderes garantem que o presidente só fará uma exigência: que o amigo de Lula desista da ideia de promover uma campanha contra posse e porte de armas. 

Porque, lembram esses informantes, posse e porte de arma para a sociedade são um desejo ardente e promessa de campanha do ex-capitão. Mesquita, mesmo sendo desarmamentista, deve acatar a determinação. Mas tem gente de orelha em pé. É que quando comandou o VI Comar (com abrangência em todo o Centro-Oeste), o oficial proibiu seus subordinados de andarem armados. Ele recuou após um coronel ameaçar mover uma ação no Superior Tribunal Militar.



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