“O Governo é governo pra atender a generais?”

Seção tumultuada e possibilidade do PL1645 ir para o plenário foi considerado como vitória dos graduados das Forças Armadas
Postado por Poliglota…
O gráfico exibido pelo deputado Glauber Braga (RJ) que mostra que generais terão reajustes gigantescos e graduados ficarão com ganhos próximos de zero deixou muitos parlamentares surpresos.
Suboficiais e sargentos comentam que a maior parte dos parlamentares não tem familiaridade com questões militares, indenizações, postos e graduações e com isso a completa compreensão do projeto se torna praticamente impossível. Percebe-se que a essa altura do campeonato o relator ainda confunde militares do quadro especial como militares temporários e acha que todas as carreiras de graduados são iguais as do Exército Brasileiro.
Justamente essa compreensão é que gera um dos maiores problemas. A maior parte dos militares da Marinha e FAB na reserva não realizou cursos de carreira que já existem há anos no exército, o que faz com que estes fiquem com um déficit de cerca de 1.7 mil reais ou mais  – a depender do posto ou graduação – em relação a militares da força terrestre.
Glauber Braga disse: “gostaria de entender qual foi o estudo que baseou esse tipo de relatório que diz que aquele que está no topo da hierarquia tem que ter uma variação (aumento) de 59.4% e quem está na base tem uma variação de 4.6%… eu não consigo ter essa compreensão… a gente vai caminhar para garantir o direito da base…  e eu pergunto: O Governo é governo pra atender a generais ou pra fortalecer com espírito único as Forças Armadas?… quem ta dividindo as forças armadas é o próprio governo…  na hora de pedir voto vão pedir só para os generais?”
De fato, o PL 1645, elaborado ainda no governo DILMA, segundo os graduados, tem dividido a tropa e já abala os pilares do PSL.
À Revista Sociedade Militar alguns parlamentares da base aliada já confessaram que se sentem felizes por não fazer parta da comissão que estuda e votará o PL 1645, já que não concordam com o que consta no projeto, mas seriam obrigados a votar de acordo com a orientação do governo, deixando insatisfeitos muitos de seus principais apoiadores nos estados.
É difícil conceber que em algum momento o Ministério da Defesa tenha sequer imaginado que os suboficiais e sargentos – sem experiência política e com poucos recursos financeiros – conseguiriam dar tanta visibilidade ao problema. O major Vitor Hugo essa semana chegou a comemorar que o PL estaria tramitando discretamente. As declarações de FREIXO à Revista Sociedade Militar, um abaixo assinado com milhares de assinaturas e as falas do combativo deputado Glauber Braga caíram como uma bomba e já fazem com que o PSL reestude a forma de agir nas próximas reuniões para tentar evitar que o projeto da reestruturação seja encaminhado para o plenário da câmara dos deputados.


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