Entre os dias 25 e 28 de julho de 2019 o Foro de São Paulo (FSP) realizará seu XXV Encontro anual, desta vez na cidade de Caracas, capital da Venezuela
O lema é: "Unidade, luta, batalha e vitória", com
a finalidade de produzir um Plano Comum de Luta. Antes, porém, devemos
retroceder ao início do mês de junho, quando fatos bizarros e criminosos
começaram a ser articulados nos subterrâneos da nefasta organização, sem que
nada do que estava sendo articulado viesse a público.
Em 4 de junho, uma delegação do PT, composta por Dilma
Rousseff, Gleisi Hoffmann e Mônica Valente, Secretária Executiva do PT e do
FSP, encontrou-se com o primeiro vice-presidente da Duma (Parlamento russo)
Ivan Melnikov e o chefe do Parlamento russo Gennady Zyuganov, para tratar de
“assuntos de cooperação bilateral dos Estados, inter-parlamentar e
inter-partidária”.
Cabe notar que nenhuma dessas três criaturas tem poder para
articular qualquer “projeto de cooperação entre Estados”, pois nenhuma delas
ocupa cargo de chanceler no atual governo e nem mesmo são chefes de Estado, o
que evidencia que o objetivo era bem outro.
Dona Gleisi comunicou à Câmara Federal, onde exerce o cargo
de deputada, que autorizou a “missão”, mas não revelou o teor e até onde se
sabe não prestou contas do que fez lá. Mônica Valente sequer foi citada pelos
sites que divulgaram o fato, mas a reconheci pela foto. Então, fica claro que a
“missão” não foi parlamentar mas do Foro de São Paulo e o objetivo era
conspirar contra o governo Bolsonaro e a democracia do nosso país.
No dia 7 desse mesmo mês, o número 2 do chavismo, o
presidente da inconstitucional e ilegal Assembléia Nacional Constituinte e
chefe do Cartel dos Sóis, Diosdado Cabello, esteve em Havana onde se encontrou
com o Secretário-Geral do Partido Comunista Cubano (PCC) e ex-ditador Raúl
Castro, o "presidente" Miguel Díaz-Canel e o segundo secretário do
PCC, José Ramón Machado Ventura, segundo informavam os sites cubanos e
venezuelanos, para "coordenar os detalhes" do Encontro do FSP em
Caracas.
Ora, em países democráticos isso seria um fato
estranhíssimo, uma vez que o anfitrião não busca ajuda de outros países para
“assessorá-lo” em um evento internacional, por mais amigos que sejam. Cabello
nunca foi muito bem visto pela ditadura cubana – e daí porquê, sendo o
presidente da Assembléia Nacional, ele não assumiu como manda a lei, a
presidência da Venezuela interinamente quando Chávez morreu -, entretanto, há
muita coisa em jogo. Cabello afirmou nesse encontro que “Cuba e Venezuela vão
como uma só equipe”, ao que Díaz-Canel completou dizendo que “a traição não é
uma opção” e que "seus 20.000 'colaboradores' permanecerão lá". Em
resumo: Cuba entra com sua estratégia e recursos de inteligência, e Venezuela,
através do Cartel dos Sóis, entra com os recursos financeiros para encontrar
uma "fórmula" que preserve o ditador Maduro no poder.
Poucos dias depois desses dois eventos, que a princípio
parecem casos isolados e até legítimos e inofensivos, a imprensa, através do
site "The Intercept Brasil", estourou o “escândalo” das “conversas”
havidas entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, sobre
os destinos dos julgados na Operação Lava Jato.
Não podemos fechar os olhos ao fato de que o proprietário do
site, Glen Greenwald, diz ser marido do deputado Davi Miranda do PSOL, que
ocupou a vaga do ex-deputado Jean Wyllys, e que entrevistou há nada menos que
um mês, o presidiário Lula da Silva, na sede da Polícia Federal, que pede ao
jornalista para investigar a Lava Jato e este lhe responde: "Já estamos
investigando".
Coincidências? Não; isso não existe. O que existem são
articulações bem elaboradas para detonar a pretensão de reeleição de Donald
Trump nos Estados Unidos, que tem agido com severidade contra as ditaduras da
Venezuela, Cuba e Nicarágua, arruinar a reputação do ministro Sérgio Moro
afastando-o de seu cargo, acabar com a exitosa Operação Lava Jato, libertar
Lula, destruir o governo Bolsonaro e abrigar em seu guarda-chuva delinqüentes
candidatos presidenciais, como Evo Morales na Bolívia, Cristina Kirchner na
Argentina e fortalecer o malfadado “acordo de paz” entre as FARC e Santos.
Segundo reza um ditado, "não está morto quem
peleja" e o FSP está muito vivo, utilizando “todas as formas de luta” para
reconquistar o terreno perdido. Não temos mais idade para ilusões e contos da
carochinha.
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