Bolsonaro afirma que radares móveis irão tirar 'fotografia educativa'



BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que determinou ao Ministério da Justiça que radares móveis sejam colocados de volta nas estradas apenas para tirar uma "fotografia educativa" de motoristas. Ele não entrou em detalhes sobre como funcionará o modelo. Bolsonaro havia suspendido a utilização de três tipos de radares nas rodoviárias federais, mas a Justiça determinou na semana passada que eles sejam colocados de volta.

— Questão dos radares móveis. Resumindo, resolvemos retirar, a Justiça mandou botar de volta. Determinei já ao Ministério da Justiça: vai, tira a fotografia, mas é fotografia educativa. Ponto final — afirmou Bolsonaro, em transmissão ao vivo no Facebook durante evento no Palácio do Planalto.
Em agosto, um despacho de Bolsonaro suspendeu a utilização de radares estáticos, móveis e portáteis. O objetivo era evitar "o desvirtuamento do caráter pedagógico e a utilização meramente arrecadatória dos instrumentos e equipamentos medidores de velocidade".
No dia 11 de dezembro, o juiz federal Marcelo Monteiro, de Brasília, derrubou a decisão e deu, inicialmente, um prazo de 72 horas para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) restabelecer o funcionamento dos equipamentos de fiscalização. Depois, o prazo foi ampliado para dia 23 de dezembro, após a direção da PRF alegar que era preciso tomar "um conjunto de medidas complexo" para que recolocar os radares em funcionamento.
Há duas semanas, o GLOBO revelou que a suspensão da fiscalização com radares móveis nas rodovias levou a uma redução de 54% das infrações por excesso de velocidade registradas pela PRF em setembro, após a determinação de Bolsonaro. Em 15 estados do país, nenhuma multa foi aplicada. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Bolsonaro retoma contato direto com o povo brasileiro ...

Denúncia pede pena máxima a Carol Solberg e multa de R$ 100 mil...

Governo Federal repassou mais de R$ 420 bilhões para os estados