Livrar o Brasil do Mecanismo é possível?
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O Crime tem duas faces básicas: a visível e a oculta. A primeira já é abertamente combatida pelo Governo Bolsonaro e por seus eleitores. A segunda parece invisível. É a mais perigosa, porque ilude com dinheiro, poder, sexo e, acima de tudo, vaidade. Os estrategistas militares e Sérgio Moro preferem enfrentar a parte invisível: o famoso Mecanismo.
Existe uma dificuldade fundamental. O Crime Organizado e Institucionalizado cultiva a capacidade camaleônica de se reinventar rapidamente. Troca de “pele”. Aceita ceder ou perder partes para manter a hegemonia no todo estrutural. A jogada básica consiste em tentar corromper, inclusive e principalmente, aqueles que combatem o talMecanismo.
O Estado brasileiro é ladrão. A Constituição é vilã. A Oligarquia criminosa ainda tem mais poder que uma elite, minoritária, que realmente compreende que só vai combater o Crime, de fato e de direito, se houver uma mudança estrutural. Os passos estão sendo dados com reformas estruturantes. Só que o poderio sedutor e cooptador do Mecanismo Criminoso jamais pode ser subestimado.
Livrar o Brasil do Mecanismo do Crime Institucionalizado é realmente possível? Esta é a maior dúvida que ainda persiste neste oito meses de governo do Jair Bolsonaro. A boa novidade é que as faces invisíveis do Crime, lentamente, começam a ficar expostas, manjadas e inaceitáveis. Está gerada a pré-condição para que o cidadão perceba que ele tem de fiscalizar, diretamente, os poderes estatais.
O Mecanismo seria efetivamente afetado, se a reação popular fosse mais intensa, um pouco mais radical, e a punição legal fosse mais exemplar e efetiva, com privação de liberdade e recuperação real do dinheiro “roubado” do corrupto, de seus comparsas, de seus “laranjas” e de seus familiares. Enquanto o crime compensar, seguirá se reinventando.
A Lava Jato e afins, com acertos e erros, foram um grande aprendizado no combate ao crime. Mas temos muito de avançar na prevenção. A transparência total, com as informações públicas organizadas e disponibilizadas em tempo real nas redes sociais da Internet é a prioridade. A fiscalização direta dos poderes por cidadãos eleitos, com mandato definido e rotativo em corregedorias, é a prioridade paralela. O tal “governo eletrônico” é imprescindível e inadiável.
Só que tais medidas podem ser dribladas se não ocorrer uma simplificação em todos os poderes da máquina estatal. A primordial é a consolidação legal, reduzindo o regramento excessivo e tornando a jurisprudência mais objetiva e fácil de ser cumprida pelos cidadãos. Também precisa ficar mais clara e objetiva a punição exemplar para quem não cumprir a lei.
O Federalismo tem de acontecer para valer no Brasil. A reforma política, para garantir a verdadeira representatividade, é outro fundamento da mudança brasileira. Implantação imediata do Voto Distrital já na eleição municipal de 2020. O poder tem de ser redesenhado a partir dos bairros e regiões, avançando para os estados. Não tem outro jeito a não ser reduzir estruturas de custos e assessorias nas câmaras de vereadores e assembléias legislativas. Vereador e deputado não é profissão.
A corrupção tem de ser eliminada pela raiz estrutural. Se não for assim, o Crime se reinventa, seduz, coopta e persiste. Os militares, grande parte deles em cargos na administração federal, sabem que não existe outro caminho (sem volta) para o Brasil. Queiram ou não queiram seus opositores (adversários ou inimigos), eles já definiram a missão que têm a cumprir, no curto e médio prazos.
Aos vivaldinos e verdevaldos, um aviso prévio. Não existe previsão de golpe, no modelo de quartelada tradicional. Mas assistiremos a uma pressão nunca antes vista, de dentro para fora da máquina, neutralizando e destruindo o Mecanismo. A indicação do novo Procurador-Geral da República será o indicador e o “termômetro”. Não pode errar, Bolsonaro...
A boa intenção patriótica vai vencer? Ou os militares serão abduzidos pelas facetas criminosas? O tempo vai tirar a dúvida... O certo é que a porrada vai comer de um jeitinho nunca visto antes pelos brasileiros. O Brasil precisa que sua elite cresça e olhe para frente, deixando os vícios oligárquicos para o cemitério do passado.
O Brasil tem agora a chance inédita de dar certo, crescer e se desenvolver. Se não levar a sério esta oportunidade, seguirá como uma rica colônia de exploração dominada pelo Crime Institucionalizado, até o ponto insuportável em que a roubalheira e a violência provoquem a autodestruição do tecido social.
Mudar a estrutura é a única saída! Vamos optar pela solução ou pela destruição final? Vamos dar longa vida ao Capitamismo Democráticoou vamos seguir no Capimunismo Oclocrático? A História não perdoa quem toma a decisão errada...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!
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