Após “mijada” de general, demissão de suboficial e conversa com líder do GOVERNO, lideranças adotam discurso mais apaziguador



Após “mijada” de general, demissão de suboficial e conversa com líder do GOVERNO, lideranças de graduados adotam discurso mais apaziguador
Desde a apresentação do PL 1645 que lideranças de associações de graduados tem usado de discurso bastante contundente em sua luta por mudanças no texto do Projeto de lei que – alegam – beneficia somente a cúpula das forças armadas. Nesse momento todos consideram que é quase impossível derrubar na comissão especial o relatório que será apresentado pelo deputado Vinícius Carvalho na próxima quarta – feira. A esperança é a obtenção de 51 assinaturas de parlamentares, número necessário para enviar o projeto para discussão no Plenário da Câmara.
A Revista Sociedade Militar recebeu a informação de que os graduados já possuem as assinaturas necessárias.
No domingo (22/09) o deputado General Girão publicou postagens nas redes sociais acusando graduados que lutam pelas mudanças no PL-1645/2019 de ser “incompetentes para seguir na carreira” e “oferecer espaço para a esquerda raivosa”, no dia seguinte  militar-político recebeu um grupo de suboficiais em seu gabinete.
Na segunda-feira um militar que ocupava cargo comissionado em um ministério foi demitido por conta de sua luta por modificações no PL 1645/2019. A demissão causou indignação entre militares que interagem entre si pelas redes sociais.
Nesse mesmo dia uma das maiores associações de graduados declarou em grupos de whatsapp que estaria – a convite de assessores do Major Victor Hugo – conversando com lideranças do governo na Câmara.
A reunião ocorreu nessa quarta-feira. A princípio a coisa não tinha nada ver com o PL1645, mas acabou-se falando no assunto por pressão.  Pelos vídeos divulgados percebe-se que o tom de algumas lideranças mudou bastante após o encontro. A AMIGA, associação de Militares de Guaratinguetá não participou.
Algumas horas após a reunião o advogado Adão Farias foi convidado para comparecer ao gabinete de Victor Hugo para esclarecer alguns pontos que foram comentados na reunião. Do lado de fora ficaram alguns lideres que não cedem e exigem as mudanças no Projeto de Lei.
Apaziguador
O deputado estadual Everton, que e subtenente do Exército, ao lado da líder de associações Kelma Costa, logo após a reunião com o Major Vitor Hugo, divulgou um vídeo com discurso bastante apaziguador. O parlamentar disse que a conversa com o governo versou sobre diversos temas:
“divisão das forças armadas entre oficiais e praças, entre reserva e ativa… e outra coisa… as associações são de vital importância… nem sempre as decisões são de acordo com as nossas convicções…  mas nem por isso precisamos nos agarrar aos deputados do PT, eles não gostam das forças armadas… e uma das forças de desagregar a gente é entrando nos nossos grupos… nos jogando contra a liderança do governo e contra os próprios militares… se a gente continuar fazendo isso as coisas não vão ter um bom resultado…  ”.
Everton disse ainda que as associações cresceram com a chegada do presidente Bolsonaro. Nesse ponto, na visão desse articulista, o parlamentar errou na interpretação, pois até a apresentação do PL 1645 as associações estavam completamente desaparecidas e foi em conseqüência das discussões em torno do projeto as mesmas também cresceram muito e não por conta da vitória de BOLSONARO. Pra quem se lembra, no mês passado os comandos militares, subordinados de Bolsonaro, publicaram advertências quanto a atuação de associações em processos políticos, como essa luta para tentar modificar o PL 1645.
Kelma Costa não falou muito, se limitou a dizer que o deputado Major Vitor Hugo “ … ficou que trabalhar algumas questões”.

Abaixo o vídeo divulgado nas redes sociais


https://www.sociedademilitar.com.br/wp/2019/09/apos-mijada-de-general-demissao-de-suboficial-e-conversa-com-lider-do-governo-liderancas-de-associacoes-de-graduados-adotam-discurso-mais-apaziguador.html

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