A Vagabundagem explícita da Esquerda



Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Sérgio Alves de Oliveira

Com o único objetivo de atrair ou mesmo espantar “de cara” o leitor que  porventura  tenha se  interessado pelo título desse artigo, a tese sobre a qual irei trabalhar  é a de que as pessoas que geralmente optam pela ideologia de ESQUERDA, como “norte” político, normalmente  não gostam muito  de obter  as suas  rendas ou riquezas na medida do resultado do próprio trabalho e esforço, porém às custas dos “outros”.

Para início de conversa, o próprio criador do “socialismo científico”, ”comunismo”, ou “marxismo”, Karl Marx, que abriu caminho para uma infinidade de outras variantes da esquerda que hoje estão prosperando como ervas daninhas em quase todo o mundo, definia como  sendo o principal ofensor do direito dos trabalhadores o que  ele chamava  de MAIS-VALIA, que  seria o “plus” produzido pelo trabalhador para o “capitalista”,pelo qual não era remunerado,e que beneficiava  exclusivamente  o  seu “patrão”, o “dono” do capital.

Porém em contrapartida Marx jamais  se preocupou em defender uma JUSTA-VALIA ,que seria uma espécie de remuneração do trabalhador que correspondesse e se igualasse  ao valor do seu próprio trabalho, e que ao mesmo tempo assegurasse também uma justa remuneração ao dono do capital, principalmente em razão dos grandes RISCOS que invariavelmente cercam os meios de produção.

Portanto a única conclusão a que se pode chegar é que Marx pretendia garantir  ao  trabalhador, mesmo que indiretamente, o que poderia ser chamado  de  MENOS-VALIA, ou seja, uma remuneração maior do que valia o seu trabalho. Essa pretensão de Marx, se e quando consumada, daria no mesmo que decretar a diminuição expressiva da produção econômica, portanto, do desenvolvimento.  

O “eixo” da produção econômica formado pelo CAPITAL-TRABALHO  seria quebrado ao meio. E a maior prova dessa realidade está no fato de que os próprios países tradicionalmente comunistas ou socialistas acabaram reconhecendo e se “entregando ” de corpo-e-alma ao modo capitalista de produção, apesar de disfarçadamente, e sob outros rótulos.

É por essa simples razão que a UTOPIA do comunismo jamais foi instalada de fato  em parte alguma  do mundo, conforme pretendiam os seus  pensadores,  invariavelmente  sendo substituído pelo Capitalismo de Estado, ou por outro simulacro socialista qualquer, onde permanece intacta a figura do “patrão”,com a diferença de que esse novo patrão “estatal” sempre  será muito mais cruel, exigente,explorador, ineficaz  e ineficiente do que o “capitalista” alvo da demonização  de Marx.  

É por essa simples razão que hoje surgiram enormes “bolsões” de riqueza ,inclusive com grande  ostentação urbanística, em países tradicionalmente  comunistas, onde o Estado pode ser  rico,às custas do trabalho do povo  sempre muito pobre.

A China é o maior exemplo. Nesse país ,as suas “maravilhas” são exportadas  para consumo de todo o mundo , em contraste com a miséria do seu povo, cujo padrão de vida só tem  similar na escravidão. Além de tudo o “comunismo” chinês não titubeia em escravizar outros povos do mundo ,onde praticam o “velho” método imperialista,que os comunistas antes  tanto criticavam. Os chineses já compraram quase todo o Continente Africano. E já estão pisando firmes também na América do Sul.

Ora,essas “maravilhas” da esquerda  ,apesar do fracasso social  que teve em  todos os países que adotaram essa ideologia , acabaram atraindo muitos brasileiros com “faísca atrasada” na inteligência, quiçá na moral e no “psiquê”.  Mas certas características dos esquerdistas brasileiros são idênticas às de todos os outros.

Mas os esquerdistas  brasileiros têm  o “mérito” de vencer  quaisquer  outros ,de todos os tempos  lugares,  no que pertine  à incorporação de tudo  que essa ideologia   tem de ruim, e que tantos males já  causaram a outros povos.  Se examinarmos com “lupa” o perfil dos “esquerdopatas” locais, observaremos   que os seus traços mais comuns serão encontrados na AVERSÃO que a grande maioria  têm  ao TRABALHO; na busca permanente  de elevada   REMUNERAÇÃO, com pouco TRABALHO e, finalmente; na rejeição obsessiva de assumirem quaisquer RISCOS na vida.

Então fica fácil compreender  as razões pelas quais  os  esquerdistas não só “odeiam” os donos dos meios de produção, os “malditos capitalistas”, como também não têm nenhuma vocação para esse tipo de atividade, visto que ela exigiria  muito trabalho,tempo  e dedicação, com   RISCOS permanentes, além de deixarem de possuir, nessa nova condição, quaisquer “direitos” garantidos pelo Estado, como ocorre em relação aos “outros”. É exatamente  nesse sentido  que o empresariado tem muito mais OBRIGAÇÕES - inclusive a de “sustentar” um Estado gigantesco e perdulário - do que DIREITOS.

Mas quais seriam as preferências de “trabalho” dos esquerdistas?

Sem dúvida essas preferências se localizam onde a exigência de trabalho é pequena, como no SERVIÇO PÚBLICO, ocupado mediante concurso, onde existe uma injustificável “estabilidade”, bem como na POLÍTICA,onde estão os melhores “empregos” do Brasil, preenchidos mediante  mandatos  eleitorais de presidente da república,governadores,prefeitos,senadores,deputados federais, estaduais e vereadores. E como são “eles” próprios  que fizeram as leis, dá para compreender as suas “estabilidades”, sendo quase impossível afastá-los das suas “boquinhas” pelas irregularidades que cometerem ,em vista dos recíprocos interesses corporativos que estão em jogo.

Outras preferências dos esquerdistas residem no preenchimento dos “cargos de confiança” do Serviço Público melhor  remunerados, juntamente com o  exercício das  profissões de curso superior  chamadas “liberais”, onde os “esforços” exigidos não produzem riquezas materiais, nem apresentam  riscos maiores.

Resumidamente, podemos garantir que o “aparelhamento” de esquerda no Brasil, em curso desde os anos 60,mais acentuadamente após 1985,atingiu quase todas as atividades da sociedade, especialmente no ensino,nas comunicações,nas religiões,nos sindicatos e em muitas organizações de classe, como na OAB, seguindo à risca os métodos preconizados pelo marxista italiano Antônio Gramsci,mais conhecido como “gramscismo”.

Os esquerdistas só não conseguiram aparelhar as empresas e a PRODUÇÃO ECONÔMICA, apesar dos imensos prejuízos que nela causaram com suas atividades políticas predatórias, certamente porque teriam que dispensar muito trabalho e esforço para esse tipo de atividade, condições essas para as quais não estão habilitados, e que inclusive “detestam”.

Mas apesar da esquerda não gostar em tese dos empresários, essa rejeição teve algumas exceções. Durante os Governos do PT (2003 a 2016), os empresários que pagavam propinas a políticos  e  governantes, em troca de favores, foram muito bem tratados. O mesmo aconteceu com os “capitalistas financeiros” ,os banqueiros, que foram privilegiados pelas políticas governamentais,e passaram  a lucrar muito mais no Brasil do que em qualquer outra parte do mundo, mesmo que às custas da usura contra os  aposentados.

Sérgio Alves de Oliveira é Advogado e Sociólogo.


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