Brasil dentro do Brasil
Os índios Yanomani, que ocupam uma enorme área ao norte do
país, não são, como muitos poderiam imaginar, um povo feliz e adequado à suas
terras.
Pelo contrário.
A maior parte da reserva, que se estende para além da
fronteira com a Venezuela, é invadida e usada por todo o tipo de criminosos,
que extraem minério, promovem o desmatamento ilegal, assassinam seus líderes e
até fazem contrabando de gasolina da Venezuela para o Brasil, na fronteira.
Essa realidade não é só dos Yanomani. Atinge todos os índios
brasileiros em áreas que foram demarcadas a partir do governo socialista de
Fernando Henrique Cardoso.
As áreas foram escolhidas cuidadosamente por FHC -mas sua
intenção nem de longe era a de beneficiar a população índigena.
Com homologações muitas vezes fraudulentas, as tais áreas
incluíam terras com jazidas de ouro, ferro, nióbio, diamantes, urânio. Sempre
grudadas nas fronteiras, facilitavam o escoamento ilegal e a saída dessas
riquezas do país, para outros como a Bolívia, por exemplo.
Sócio de FHC na corrupção e na sacanagem, lula, o vigarista,
continuou na mesma prática em seus governos.
A questão indígena no Brasil é complexa e vem de longe.
Menos de um milhão de índios ocupam cerca de 15% do
território nacional.
Para esse povo -brasileiro como todos os brasileiros- a
grande área não significa progresso ou melhorias em suas vidas.
Afinal, de que adianta possuir uma região enorme e não ter o
que fazer com ela?
Os Yanomani, como denunciou o general Heleno, que foi comandante
militar da Amazônia, chegam a morrer de fome nas reservas, sem transporte, sem
conseguirem produzir coisa alguma, e explorados cronicamente pelas ONGS da
região.
O caso da reserva Raposa do Sol é o mesmo. Não há educação,
estradas...e os índios ainda correm o risco de serem assassinados pelos
criminosos que exploram a região.
Tudo, evidentemente, debaixo dos olhos da FUNAI.
A questão é antiga.
Já em 2003, as lideranças indígenas apontavam a corrupção na
FUNAI, registrando, em apenas 3 meses, o assassinato de sete líderes indígenas.
A FUNAI, acusada de permitir a presença de invasores armados
nas áreas demarcadas, assobiava como se não fosse com ela.
Uma carta compromisso, na época, foi enviada para o então
ministro da Casa Civil, José Dirceu, e a José Genoíno, presidente do PT,
denunciando as maracutaias da FUNAI, a violência contra os povos indígenas, o
desrespeito à demarcação, corrupção e abuso de poder por parte dos funcionários
da FUNAI.
Os índios aguardam a resposta até hoje.
O que não é de se entranhar, observando-se o naipe dos
criminosos políticos envolvidos.
Hoje, quando o novo presidente quer resolver o assunto com a
profundidade que merece, revendo a demarcação de terras e incluindo
definitivamente o índio à sociedade brasileira, escuta-se a berraria dos
energúmenos de sempre, interessados em que tudo continue como está.
Sua origem, como não poderia deixar de ser, vem de uma índia
pilantra do PSOL, Sonia Guajajara, candidata a vice do invasor Boulos nas
eleições passadas.
Sua intenção clara, como a de todos os outros imbecis
oportunistas que esperneiam, não é o de conseguir o bem estar das populações
indígenas.
É só o de manter seus próprios privilégios criminosos.
O índio -esse sim- é a vítima.
Numa terra, até agora, sem lei.
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