MORO desmonta ataques da esquerda no Roda Viva
Sob ataque voraz de jornalistas, na maioria defensores de corruptos da pseudo esquerda brasileira, o ministro da Justiça, Sérgio Moro disse que o roubo, adulteração e divulgação de mensagens fora de contexto da operação Lava Jato foi um monte de “bobajarada”. Moro foi o entrevistado do programa Roda Viva desta segunda-feira (20).
Experiente com ataques de bandidos que condenou durante 22 anos como juiz, Moro se manteve tranquilo, e rebateu as perguntas formuladas para desestabilizar o ministro. Ele criticou a aprovação pelo Congresso da figura do juiz de garantias, explicou Comentouporque não federalizou o caso de Marielle Franco e não se lançou como candidato a vaga no STF, nem com as provocações dos coleguinhas jornalistas.
Moro, disse que a aprovação do juiz de garantias se deu de maneira açodada e que não houve estudo aprofundado sobre as consequências disso e ele tem razão. O incompetente presidente do STF, Dias Toffoli, que dizia aos incautos congressistas, ser viável a criação da figura de mais um juiz em cada processo, num país onde os processos levam até mais de 60 anos para serem julgados na Suprema corte, agora tem um abacaxi sem tamanho e não vai conseguir dobrar o número de juízes no país.
Na TV Cultura, Moro também comentou sua relação com a Câmara e o Senado Federal, onde sofreu algumas derrotas em sua luta contra a corrupção e o crime organizado.
Sobre a desfiguração do pacote anticrime, concluiu que “nem tudo que se pretende se consegue. A minha visão geral é a de que foi um ano de sucesso para a área de Justiça e Segurança Pública no país, ilustrado pelo fato de nós termos aí uma queda sem precedentes históricos nos números dos principais crimes”, avaliou o ministro.
Moro criticou a operação comandada por Manuela D’Ávila que divulgou mensagens roubadas por hackers, que ainda estão presos, e distorcidas por Gleen Greenwald em apoio aos criminosos presos por corrupção na Lava Jato. O ministro não deu importância ao episódio. “Sempre achei um monte de ‘bobajarada’. Nunca entendi direito a importância daquilo”, disse, sobre as publicações distorcidas do site Intercept comandadas por Manuela D’Ávila, do PCdoB, ex candidata a vice presidente na chapa do PT.
Moro falou também sobre o áudio divulgado por ele em 2016 quando o ex -presidente condenado por corrupção Luiz Inácio Lula da Silva foi nomeado para a Casa Civil pela então presidente que foi destituída do cargo, Dilma Rousseff,do também integrante do PT.
Moro explicou aos sedentos por informações que a divulgação dos áudios obtidos pela Lava Jato era necessária para “o bem do interesse público”.
Sobre o Congresso Nacional ter desfigurado o pacote anticrime, Moro explicou que “mesmo na carreira da magistratura tive decisões que prevaleceram, tive decisões que foram alteradas, tive limites para atuar como juiz. Como ministro, existe a mesma situação. Nem tudo que se pretende se consegue. A minha visão geral é a de que foi 1 ano de sucesso para a área de Justiça e Segurança Pública no país, ilustrado pelo fato de nós termos aí uma queda sem precedentes históricos nos números dos principais crimes. Claro que o que aparece mais o [trabalho] que se faz junto ao Congresso de apresentar projeto e lutar por esses projetos. O trabalho que se faz no Executivo às vezes se passa despercebido. Mesmo na parte legislativa, quando se apresenta 1 projeto de lei junto ao Congresso, é natural que seja discutido. Na minha avaliação, muitos pontos importantes do pacote foram aprovados e que têm 1 grande potencial para mudar certos panoramas negativos da Justiça brasileira.”
Sobre a armação de Manuela D’Ávila com os Hackers ele foi categórico:
“Foi um episódio menor. Eu, sinceramente, nunca dei muita importância para isso… acho que ali houve um monte de ‘bobajerada’. Foi usado para tentar soltar criminosos presos, pessoas que tinham sido condenadas por corrupção e, principalmente, enfraquecer politicamente o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Tenho a consciência absolutamente tranquila do que fiz como juiz. Nós temos os números dos trabalhos que foram realizados que revelam que foram feitas várias condenações, mas teve também absolvições. Nem tudo que foi apresentado pelo MP foi sancionado pelo juiz. Houve uma farsa nessa tese baseada nessas supostas mensagens”.
Ainda sobre a ‘Vaza Jato’, Moro negou a autenticidade dos materiais vazados e reforçou que o conteúdo das mensagens é normal entre o juiz e os procuradores e também com a Polícia Federal.
“Foi criado um sensacionalismo. O Ministério Público pedindo a prisão de X. Se essa mensagem aconteceu, não tem nada de errado. Isso acontece todo dia em todos os fóruns do Brasil. Não teve ninguém condenado sem provas nesse caso. Se os conteúdos que forem apresentados fossem verdadeiros, não teria nada de errado, mas eu não reconheço a autenticidade”,
Moro criticou a criação de figuras que defendam criminosos dentro dos processos, como o juiz de garantia. “A Câmara, com todo respeito, inseriu essa figura de maneira açodada. Quantas comarcas de 1ª Instância sé têm um juiz? 40%? 20%? Na verdade, ninguém sabe. Foi feito de uma maneira apressada sem que houvesse um estudo”.
Sobre o áudio da Lava Jato que flagrou Dilma obstruindo justiça ao nomear Lula com finalidade de que ele não fosse preso, Moro disse que deram uma importância a esse áudio que não existe. “Estamos falando de março de 2016. O que foi me informado à época é que existia uma suposta tentativa de obstrução de Justiça. O que se entendeu a pedido da PF (Polícia Federal) e MP é que aqueles áudios deveriam ir a público a bem do interesse público para evitar a situação de obstrução. Se ia ter reflexo ou não depois não é decisão do juiz.”
Sobre a decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes que suspendeu a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil, Moro criticou a afirmação do magistrado que, ao mesmo programa Roda Viva, declarou ter sido uma determinação manipulada.
“Não foi manipulação nenhuma. Aqueles áudios revelavam que houve uma tentativa de obstrução de Justiça pura e simples.Não existe nada disso. Ele tomou a decisão dele à época. Ele que assuma a responsabilidade com a decisão que tomou.”
Sobre a manutenção das investigações sobre o assassinato de Marielle Franco em jurisdição regional, Moro explicou que
no final de 2018, a então procuradora-geral da República, Raquel Dodge entendeu que estava havendo uma fraude na investigação e requisitou ao [então] ministro Raul Jungmann [Segurança Pública] que instaurasse inquérito para avaliar uma possível obstrução. Dodge, entre seus últimos atos, pedia a federalização do caso porque entendia que não havia condições de a Polícia do Estado do Rio continuar com aquela investigação.
“Eu, em um primeiro momento, até me posicionei pela federalização, mas houve esse episódio anterior que levantava uma série de dúvidas. No entanto, quando externei essa posição, familiares da Marielle falaram que não queriam porque o governo poderia estar querendo fazer algo de errado com a federalização.”
Ao ser questionado sobre seu futuro no STF, Moro disse que é inapropriado discutir isso sem que haja a vaga no STF. “Fui convidado pelo presidente naquele 1º de novembro de 2018 para o compromisso contra a corrupção, e essa é a missão básica do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Meu desejo é aprofundar essa trabalho.”
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