VetaTemer e a Glasnost com Perestroika de Bolsonaro


segunda-feira, 12 de novembro de 2018


Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil

A Lei vale para todos no Brasil? Se realmente vale, o Presidente Michel Temer tem um motivo legal para vetar a “reposição salarial” de 16.38% aos ministros do Supremo Tribunal Federal e aos Procuradores da República, com efeito cascata em favor do bolso de todo o Judiciário. Basta Temer evocar a Lei Complementar 101 de 4 de maio de 2000 – em pleno vigor -, para impedir o aumento de despesas médio de R$ 4 bilhões aos combalidos cofres públicos – que será uma herança maldita para o futuro governo Jair Bolsonaro.

A regra é clara – como diria Arnaldo Cezar Coelho, famoso “juiz” de futebol. A Suseção II (Do controle da Despesa Total com Pessoal) da Lei Complementar 101/2000 não deixa dúvidas. Se vale o que está escrito no artigo 21 (“É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento de despesa com pessoal e que não atenda:”), Parágrafo Único: “Também é nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido nos cento e oitenta dias anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão referido no art. 20”.

Não precisa ter medinho de retaliação judiciária, Michel Temer. Sua obrigação é apenas cumprir a Lei. O veto previsto para aumentos de despesas inclui atos normativos, como decreto presidencial que sanciona projeto de lei, que por sua vez aumenta qualquer tipo de remuneração a membros de Poder, ativos e inativos. Ou seja, mesmo que seja “justo” o reajuste do Judiciário, a legislação em vigor não permite que ele ocorra agora, no fim de (des)governo.

A Lei Complementar 101/2000 se aplica ao ato do Presidente do Senado, Eunício de Oliveira que se vingou do fato de não ter sido reeleito para reunir 41 senadores e aprovar o reajuste para os já excelentes salários dos ministros do STF da turma da PGR. Aliás, Eunício também está encerrando o mandato... Igualzinho a Michel Temer... E o espírito da Lei é impedir atos que prejudiquem o próximo mandatário. É “dura lex sed lex” ou “não vale o que está escrito” (subvertendo o princípio popular do Jogo do Bicho?)...

Vetar é preciso! O efeito em cascata do reajuste do Judiciário aprovado pelo Congresso deve aumentar o risco de insolvência nos estados. O custo adicional do novo teto de R$ 39 mil deve ficar em torno de R$ 5 bilhões ou mais. O Tesouro Nacional tem informações que 17 unidades federativas estão com risco de insolvência, porque gastam mais de 60% da Receita Corrente Líquida (RCL) apenas com a folha de pagamento. Sem corte de gastos, reforma administrativa e renegociação de dívidas, a quebradeira será escandalosa. O Presidente eleito classifica o aumento de “inoportuno”.

 

Enquanto aguardamos pelo “#vetaTemer”, ato que será absolutamente “legal”, embora vá deixar o judiciário mais pt da vida ainda com o marido da bela Marcela, o atento leitor Ivo Wenclaski nos faz uma lembrança importante acerca do recente artigo Transparência Total, Bolsonaro & Mourão – publicado no sábado (10 nov). Voltemos no tempo, no final da década de 80, na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

O termo  Glasnost (do russo: гла́сность, lit. "transparência") foi uma política implantada, juntamente com a Perestroika ("reestruturação"), durante o governo de Mikhail Gorbachev. A política do russo levou à bancarrota a grande farsa que era o comunismo soviético. Por ironia da História, o mesmo pode acontecer agora, no Brasil, sob futuro comando de Jair Bolsonaro e Antônio Mourão...


Se a política de reestruturação prometida por Bolsonaro funcionar direitinho (sem trocadilho), certamente levará à bancarrota o socialismo de fracassos e mentiras do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores do Brasil, chefiado pelo PRESOdentro Luiz Inácio Lula da Silva. Bolsonaro e Mourão não podem errar. Têm se insistir na Transparência Total como política prioritária da próxima administração federal. Expor o “Mecanismo” é a única maneira de neutralizá-lo e derrotá-lo.

O Brasil precisa passar por uma profunda Perestroika. Bolsonaro e Mourão têm a complexa e complicada missão de romper com o regime Capimunista Rentista e Corrupto do Brasil. Não será fácil romper com a cultura estatal interventora e, ao mesmo tempo, estadodependente, para implantar princípios liberais na economia brasileira. Não será fácil, porém não é impossível. O Brasil tem de se tornar um País Capitalista, de verdade.

Releia o artigo de domingo: Bolsonaro e as Heranças Malditas

Leia, também, de Sérgio Alves de Oliveira: A atual Constituição deve ser mantida ou substituída?

 



 

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O Alerta Total tem a missão de praticar um Jornalismo Independente, analítico e provocador de novos valores humanos, pela análise política e estratégica, com conhecimento criativo, informação fidedigna e verdade objetiva. Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor. Editor-chefe do blog Alerta Total: www.alertatotal.net. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. 

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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 12 de Novembro de 2018.

Jorge Serrão 



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