Exército dos EUA liga o alerta para a segurança de dados da Internet das Coisas
Por Fellipe Gugelmin
Com o avanço de tecnologias como o 5G, a chamada Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) — que representa a conexão cada vez maior de dispositivos à internet —, ao mesmo tempo que ganha espaço na casa das pessoas, também traz novas preocupações. Entre aqueles que temem o impacto que a falta de segurança desses dispositivos pode trazer está o Exército dos Estados Unidos, que estuda maneiras de lidar com possíveis vazamentos de dados em novos gadgets vestíveis conectados em rede.
No dia 26 de maio, a instituição emitiu um comunicado pedindo que todos os militares, civis e empreiteiros aprovados para o teletrabalho desligassem seus dispositivos IoT para garantir a segurança do Departamento de Justiça. Poucos dias depois, na última segunda-feira (31), ela reviu sua política, mas não especificou se novas regras devem ser seguidas — talvez as autoridades ainda estejam traçando as melhores diretrizes para lidar com a questão, mas fato é que esse assunto tem tirado o sono dos oficiais.
A recomendação era não somente desligar produtos como os assistentes de voz Alexa, mas também remover do ambiente de trabalho smart TVs e qualquer smartphone equipado com assistentes de voz como a Siri e o Google Assistente. Conforme aponta o site BitDefender Box, a decisão de rever essas políticas não foi explicada e entrou em ação através da remoção das mensagens e avisos divulgados anteriormente pela instituição.
A preocupação do Exército dos Estados Unidos é compreensível: com o crescimento do segmento da Internet das Coisas, dispositivos da categoria passaram a despertar a atenção de criminosos. Capazes de ouvir e registrar mensagens, conversas por voz e vídeo e outras informações sensíveis, eles são alvos bastante interessantes para os invasores — e, segundo os pesquisadores da Check Point, já existem até mesmo ransonware especializados neles.
Também chama a atenção um levantamento realizado pela Forescout, divulgado em abril deste ano, que mostra que 100 milhões de aparelhos estão expostos a vulnerabilidades relacionadas às tecnologias TCP/IP. Questões como essa exigem uma maior preocupação com a segurança dos dispositivos da categoria, que passa tanto pelo lado do consumidor — que deve configurar bem opções de privacidade — quanto das fabricantes, que precisam assegurar que seus produtos estão protegidos contra malwares e outras ameaças.
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