Proibição de operações pelo STF permitiu expansão do crime organizado, diz relatório
Um relatório da Polícia Civil do Rio de Janeiro sobre a operação realizada no Jacarezinho em 6 de maio foi divulgado nesta sexta-feira (14/05). A corporação apresenta no documento a conclusão de que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na ADPF 635 foi decisiva para o incremento e avanço do crime organizado na cidade.
Foi a ADPF 635 que proibiu a realização de operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro durante a pandemia do COVID-19.
O relatório esclarece que a região do Jacarezinho, na Zona Norte, é um dos “quartéis-generais” do Comando Vermelho (“CV”), que se beneficia da dificuldade da polícia operar no local.
A corporação esclarece que a existência das barricadas e das táticas de guerrilha realizadas pelos criminosos, pode-se concluir que o local abriga grandes quantidades de armamentos, que são utilizados nas retomadas de favelas perdidas para organizações criminosas rivais ou para atuar contra eventuais investidas policiais.
A Polícia Civil também explica que as barricadas colocadas por criminosos nas ruas da comunidade cresceu consideravelmente após a decisão do STF. As barreiras permitem que os traficantes consigam fazer disparos de fuzil precisos através de seteiras em muros de concreto e outros abrigos no momento em que os policiais desembarcam dos blindados para remover as barricadas.
Foi assim que o policial André Farias foi morto com um tiro na cabeça logo no início da operação da Civil. Além do policial, 27 criminosos foram mortos durante a operação.
O delegado Felipe Curi confirmou que todos os 27 eram criminosos e não houve execução por parte dos agentes do Estado.
O relatório da corporação revela mais um danoso efeito da interferência do Supremo Tribunal Federal nos outros poderes. A ação policial é uma prerrogativa do Poder Executivo. O STF não se pronunciou sobre o relatório da PCERJ.
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