PF descobre rede de narcotráfico no Aeroporto de São Paulo e prende envolvidos

 


A Polícia Federal desarticulou nesta terça-feira (18/05) uma organização criminosa de tráfico internacional de drogas para países como Portugal e que era composta por funcionários do Aeroporto de São Paulo que inseriam entorpecentes em aeronaves.

Em um comunicado divulgado pela corporação foi informado que foram cumpridos 90 mandados judiciais, sendo 53 de busca e apreensão, 22 de prisão temporária, 12 de prisão preventiva e três de restrição de acesso ao aeroporto contra uma organização criminosa composta por funcionários de companhias aéreas que atuavam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, desde, pelo menos, novembro de 2019.

Ao longo das investigações foram apreendidas mais de 1,5 toneladas de cocaína, cujos principais destinos eram cidades europeias e africanas como Lisboa e Porto (Portugal), Amsterdam (Holanda) e Johanesburgo (África do Sul).

O delegado regional de investigação e combate ao crime organizado, Marcelo Ivo de Carvalho, detalhou o ‘modus operandi’ da organização.

A associação criminosa facilitava e trabalhava diretamente na introdução de entorpecentes em aeronaves que tinham por destino países europeus e africanos, como Portugal, Holanda e África do Sul. Ao todo, foram identificados 20 eventos de introdução de entorpecentes em aeronaves. Parte dessa droga foi detectada nos países de destino, em cooperação internacional com outras polícias”, explicou.

No total, são investigadas 61 pessoas na operação denominada “Área Restrita II”, uma das maiores ações contra a logística de tráfico de droga em aeroportos já feitas pela corporação.

São funcionários do aeroporto, que têm acesso privilegiado e conhecimentos, que usam para burlar a fiscalização. Trata-se de uma atividade muito bem remunerada por parte do tráfico e fundamental na cadeia logística do narcotráfico“, declarou ainda o delegado.

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, é o maior do país.

O delegado Marcelo Ivo de Carvalho afirmou que esses funcionários que integravam o esquema de narcotráfico faziam uso, na maioria, de bagagens para a introdução dos entorpecentes nas aeronaves.

Tiravam etiquetas de bagagens de passageiros e colocavam essas etiquetas nas bagagens com droga, que eram introduzidas em áreas restritas dos aeroportos através de quebras de procedimentos de segurança. Faziam também etiquetas manuais próprias, com objetivo de regularizar a introdução das bagagens nos aeroportos“, detalhou o delegado.

Embora essa investigação apure fatos que datam de novembro de 2019, tal modalidade de tráfico vem ocorrendo há muito mais tempo no Aeroporto de Guarulhos, sendo essa a quinta e maior operação da espécie realizada pela Polícia Federal“, salientou a PF em comunicado.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação ao tráfico internacional de drogas.



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