PF aponta que Toffoli obstruiu investigações sobre delação de Cabral
Ministro da Suprema Corte teria arquivado, em um só dia, 12 inquéritos, segundo a revista Crusoé
Na semana passada, a Polícia Federal (PF) encaminhou ao Supremo um pedido de abertura de inquérito para investigar supostos repasses ilegais ao ministro Dias Toffoli.
Segundo delação de Cabral, Toffoli teria recebido R$ 3 milhões para alterar voto e mais de R$ 1 milhão para conceder liminar a dois prefeitos fluminenses que apresentaram recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a cassação dos mandatos.
DUAS SEMANAS ANTES DE DEIXAR A PRESIDÊNCIA DA SUPREMA CORTE, EM SETEMBRO DO ANO PASSADO, O MINISTRO TERIA ARQUIVADO, DE UMA SÓ VEZ, 12 INQUÉRITOS ABERTOS PARA APURAR A DENÚNCIA DO EX-GOVERNADOR DO RIO DE JANEIRO. SEGUNDO A CRUSOÉ, OS PROCESSOS FORAM ARQUIVADOS COM AVAL DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA (PGR), ANTES DE ALGUM MINISTRO ASSUMIR A RELATORIA DOS CASOS.
“Pode-se afirmar, em tese, que o excelentíssimo Ministro José Antônio Dias Toffoli obstruiu 12 investigações criminais na condição de presidente do Supremo Tribunal Federal, no ano de 2020”, narra a PF.
Segundo a corporação, o ministro teria arquivado as investigações “em decorrência de ter mantido tratativas espúrias com o colaborador Sérgio Cabral e [por] ser implicado criminalmente em anexo da colaboração premiada na condição de membro do grupo criminoso atuante na venda de decisões judiciais”.
Fonte: metrópoles
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