Davi contra Golias: A Pedrada Certeira
DAVI CONTRA GOLIAS: A PEDRADA CERTEIRA.
sexta-feira, junho 29, 2018
No dia 25 de
maio de 2017, portanto há um ano, o indigitado jornal Folha de S. Paulo já dava
como certa a queda de Michel Temer em decorrência daquele vazamento nebuloso de
uma conversas de Temer e Joesley Friboi na penumbra do porão do Palácio do
Planalto.
Nessas alturas o establishment parecia dar como favas contadas
a derrocada de Michel Temer, e o título da matéria afirmava: "FHC, Lula e Sarney articulam o pós-Temer".
Na abertura da matéria está a foto aí abaixo com a legenda original. Nota-se
que Lula ainda guardava as sequelas da quimioterapia devido ao tratamento do
câncer.
Acrescente-se que na foto também está o ex-presidente Fernando Color de Mello.
Dilma estava em seu segundo ano de mandato. Em 2016 sofreu o impeachment,
quando a verdade subiu à tona e os brasileiros caíram numa dolorosa realidade:
o Brasil estava e continua falido. Esta é a verdade.
Nessas alturas o impeachment interessava ao establishment, razão
pela qual os direitos políticos da ex-presidente foram mantidos contrariando a
Constituição.
Dilma fora "impichada" pela metade. Seguiu-se aquela história do
"fora Temer", uma articulação do PT para não perder o protagonismo
político, embora àquela altura a derrocada da agremiação já havia se completado
e isso foi comprovado na última eleição municipal, razão pela qual o condenado
Lula não passa hoje em dia de uma miragem, embora os estafetas do establishment nas
redações da grande mídia e nos institutos de pesquisa tentem reconstruir aquele
embuste do líder, herói sindical e retirante nordestino.
Em 2012, ex-presidentes José Sarney, Lula e
FHC se reuniam com a então mandatária Dilma Rousseff e seu vice, Michel
Temer. (Notem que o FHC está sempre em
todas...)
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Mas a aludida matéria da Folha de S. Paulo de 25 de maio de 2017, tinha por
objetivo criar o clima para um governo provisório a ser eleito indiretamente
pelo Congresso Nacional. Dava-se como favas contadas a queda de Temer em
decorrência da frase fatal a ele atribuída naquela gravação do açougueiro mór
da Friboi: "Precisa manter isso, viu?". Frase, que segundo os
analistas da tal gravação, era uma ordem de Temer para que fosse mantida
"ajuda financeira", para Eduardo Cunha e, quiçá, outros partidários
de Temer engaiolados pela Lava Jato.
Michel Temer, macaco velho, encarou a briga e mandou ver e, ao que tudo
indica, concluirá o seu mandato. Mas teve que inclusive apagar o slogandos
seus primeiros dias de seu governo: "Ordem e Progresso", dístico da
nossa Bandeira. Ato contínuo foi obrigado a manter a petralhada mamando na
máquina estatal.
Ao que parece o establishment mudou seus planos enterrando de
vez a alternativa do governo provisório eleito indiretamente caso o diálogo de
Temer com o açougueiro no soturno porão surtisse algum efeito.
Posteriormente a tudo isso a Operação Lava Jato avançou tanto que neste momento
se constata que o establishment joga o derradeiro trunfo que é
o Supremo Tribunal Federal - STF. Sem qualquer cerimônia os chefetes do establishment determinaram
aos togados que soltem os bandidos e prendam o mocinho.
Desde o Golpe da Proclamação da República o establishment nunca
esteve tão acuado, se bem que não tenham faltado crises sucessivas ao longo
destes 129 anos de República. Já faltou carne, gasolina e houve até mesmo
fiscais do Sarney cerrando portas de lojas e supermercados por desobediência às
ordens do politburo. Sem falar nos dois períodos do embusteiro Getúlio Vargas.
A única e dramática diferença de todas as crises anteriores é o fato de que a
Operação Lava Jato, a par de já ter colocado na cadeia uma plêiade de corruptos
e ladravazes e de ter estourado cafofos repletos de malas de dinheiro vivo, foi
acima de tudo pedagógica.
Detonou a história política oficial brasileira, ou
seja, uma fábula construída pelos esbirros do establishment e
que os manteve acima do bem e do mal ao longo desses 129 anos. O diáfano véu da
fantasia que impedia a visão da realidade brasileira foi rompido pela primeira
vez. Os herdeiros dos golpistas de 1889 que se sucederam por várias gerações
até aqui agora foram claramente identificados.
Onde eles estão?, indagam os néscios. Ora, no velho "centrão" que
pela primeira vez chega a um pleito presidencial com uma dezena de candidatos
pintados de todas as cores ideológicas mas que não têm mais qualquer ligação
afetiva e política com o eleitorado que os odeia. Os distintos estafetas
do establishment não encantam uma mosca. Nada. Nadica. Pelo
contrário. São alvo de desprezo generalizado.
Escapa apenas um candidato presidencial que é Jair Messias Bolsonaro.
Guardadas as devidas e evidentes proporções repete-se a história bíblica de
Davi contra Golias.
Segundo as escrituras Davi detonou Golias usando para tanto apenas uma funda. A
pedrada foi certeira derrubando o gigante.
Aluizio
Amorim
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