‘Equilíbrio de Poderes na nossa democracia está rompido’, diz Mourão


O vice-presidente Hamilton Mourão reiterou que ainda é cedo para traçar prognósticos sobre a disputa presidencial de 2022, após a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o que o fez retomar os direitos políticos e a elegibilidade. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ao comentar a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), Mourão demonstrou preocupação com o ativismo do Judiciário.

“O equilíbrio de Poderes na nossa democracia está rompido. O Judiciário está com um poder acima dos outros dois e, consequentemente, isso leva a uma instabilidade jurídica. Estamos vendo isso acontecer”, afirmou.

Leia mais: “‘Não somos ditadura’, diz Mourão sobre ‘lockdown’ nacional”

Indagado se haverá novamente uma polarização entre Jair Bolsonaro e o PT, agora na figura de Lula, Mourão preferiu não fazer previsões e disse que “tem muita espuma nesse chope”. “Tem de dar uma decantada nesse chope. Ele está com quatro dedos de espuma e ainda não chegamos no líquido”, concluiu.

“Quanto ao ex-presidente Lula, nem me preocupo. Podem anular o processo, podem mudar o juiz do jogo, mas uma coisa para mim é clara. O ex-presidente Lula foi condenado em três instâncias por corrupção. Isso aí não muda.”

O vice-presidente também falou sobre o enfrentamento da pandemia de covid-19 e lamentou a disputa política em um momento tão delicado para o país. “Essa pandemia foi usada politicamente tanto pelo nosso lado quanto pelas oposições. Isso foi até ruim. Esse uso político da pandemia é péssimo”, avalia. “Então, a gente tem de fazer o que é certo porque é certo. Não porque vou ter dividendos políticos na frente. Então, [a disputa] está muito centrada na dicotomia entre o presidente e o governador de São Paulo [João Doria].”




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Bolsonaro retoma contato direto com o povo brasileiro ...

Denúncia pede pena máxima a Carol Solberg e multa de R$ 100 mil...

Governo Federal repassou mais de R$ 420 bilhões para os estados