Sorrateiros jogos do poder
Considerando que o Presidente Bolsonaro *homenageia e prestigia* Olavo de Carvalho, que frequentemente ofende a honra e a integridade dos militares, e de militares com reputação ilibada e inquestionável dedicação aos serviços da Pátria, tais como Generais Villas Boas e Santos Cruz, a cogitação de que esse grupo de profissionais do governo, individualmente, entreguem os seus cargos passa a ser uma hipótese real.
A finalidade seria preservar a imagem institucional das Forças Armadas de qualquer contaminação perniciosa, que possa macular sua isenção para o cumprimento da sua missão constitucional. Observa-se que, ainda que a maior parte desses militares estejam na reserva, para considerável parte da sociedade trata-se de um "governo militar".
Talvez assim, os discípulos de Olavo de Carvalho fiquem mais à vontade para assessorar a Presidência da Republica na governabilidade do país e na política externa. E boa sorte para eles no intento de implementar uma agenda mais extremada, à direita.
Quais seriam as consequências? Não sabemos, ainda que haja uma boa dose de previsibilidade, não passaria de mera especulação.
No entanto, não é possível que perdure tamanha humilhação aos militares, frente a qual o presidente se omite, e permite. E, nesse caso, *a omissão reiterada equivale a uma ação deliberada*.
A julgar pela polarização política e a ausência de proposições consensuais que resgatem a economia, essa metodologia aponta na direção do "baguncismo" e da ruptura institucional, com ou sem auto golpe declarado.
Pelo visto, o Brasil não está acima de tudo quando a política de "alguns ideólogos" está acima de todos nesse perverso e sorrateiro jogo do poder perpetrado por Olavo de Carvalho e seus séquitos contra os militares.
Finalizo, prestando minhas homenagens reverenciais ao Comandante e Líder, com letras maiúsculas, General Villas Boas, cuja autoridade moral *jamais* será subordinada, ainda que o cargo que ocupa seja, na Presidência da República.
Por *Mauro Rogério*
Coronel Aviador da Força
Aérea, na reserva
Presidente Movimento Brasil Futuro
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