O Xadrez esquizofrênico jogado pelos membros do STF


Por H. James Kutscka

Diante da última notícia  a circular na internet, da autorização  que teria  sido dada pelo presidente do STF ao “muar de São Bernardo” para  manifestar-se através de uma  entrevista à “ Falha” de  São Paulo,  contrariando decisão  anterior de outro ministro, (ato que abriria precedente e criaria  a necessária jurisprudência para  que personagens como Marcola, Champinha e outros trastes sociais também o pudessem fazer) logo após  a derrota do alcunhado “amigo de amigo  do meu pai  e seu assecla o “ Lex Luthor” sub desenvolvido, diante da pressão popular  contra sua ordem para censurar uma revista que o mostrava, de maneira nada lisonjeira, na lista dos beneficiários das propinas da Odebrecht, e assim como seus “detratores” nas redes sociais, só me resta pensar que o personagem em questão, ou não passa de uma criança mimada que não sabe perder, ou está jogando um jogo “sui generis”, cujas regras somente são conhecidas por ele e seus pares, que se revezam entre maldades e bondades, o  “Xadrez Esquizofrênico”.

Nele, os bispos são substituídos por “juízes” e se movem em círculos para confundir os peões, a Torre anda sempre na diagonal, o cavalo salta quantas peças forem necessárias para escapar a perseguição e escoicear o adversário, a rainha responsável pelo “status” dos juízes estoca vento  e saúda a mandioca, o rei rouba os peões e esses últimos, somente se movem na eventualidade de um xeque-mate que  os expulse  do tabuleiro definitivamente.

Para completar, não existem peças brancas e pretas, segundo os jogadores, se existissem poderiam ser vistas como uma forma de segregação, sendo assim todas são cinza.

Isso teria como vantagem extra, o fato de que ninguém saberia jamais quem estaria ganhando ou perdendo.

Em tal jogo, todos são cúmplices da canalhice, até mesmo o homem que serve o cafezinho e o que veste a toga nos jogadores.

Utilizando as sábias palavras do “Velho Guerreiro”, diria que: todos eles sabem que não estão ali para explicar e sim para confundir.

Com essa última jogada, (liberar a entrevista do muar) o “amigo do amigo de meu pai”, parece estar tentando fugir da justiça que se aproxima; seu advogado poderia alegar que seu cliente estaria sofrendo de profundos distúrbios mentais devido à pressão do cargo, isso justificaria suas últimas decisões e lhe garantiria uma pena de reclusão mais amena.

Internado então em um manicômio, após escapar do vexame de ir para a prisão, o único que teria a temer seria o fato de sentir-se em casa, nas novas instalações.

Afinal vivemos em um mundo de aparências, onde a realidade pouco ou nada parece importar.

O “muar de São Bernardo” visto pelo povo humilde como “pai dos pobres”, detém, muito provavelmente, o ignóbil título de maior ladrão de todos os tempos nesse planeta.

A absurda quantidade de dinheiro arrecadado como doação para uma das mais poderosas e ricas instituições do mundo, a Igreja Católica,  objetivando a reconstrução de Notre Dame, além de possibilitar o imediato início das obras, deixa às claras a existência de uma elite econômica mundial, que está mais interessada em aparentar bondade do que investir em resolver os problemas de fome, sede, doenças e justiça das populações menos privilegiadas.

Como disse Kurt Vonnegut em um de seus livros, respondendo à pergunta insólita: O que é aquela coisa branca no cocô de passarinho?  É cocô de passarinho também.

Assim podemos ter certeza do que podemos esperar de canalhas, aparentem o que aparentem no momento; mais canalhice. 

Dito isso, desejo que todos meus leitores tenham tido uma Feliz Páscoa, afinal de contas, todos podemos ter dias felizes, dias ruins, dias péssimos e até mesmo Dias Toffoli.

H. James Kutscka é Escritor e Publicitário.


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