FORÇAS ARMADAS - Senadores manifestam indignação com falta de PALAVRA DOS GENERAIS

Senadores manifestam indignação com falta de PALAVRA DOS GENERAIS – “General não conversa com ninguém, tão nos enrolando…”

Os Senadores major Olímpio e Izalci Lucas participaram de uma videoconferência feita no aplicativo ZOOM promovida por militares das forças armadas e pensionistas. Uma das organizadoras foi a conhecida ativista de causas militares, Ivone Luzardo. Durante suas falas Major Olímpio e Izalci Lucas demonstraram indignação porque o Ministério da Defesa e o próprio presidente da república Jair Bolsonaro se negam a cumprir um acordo feito com o SENADO em 2019 para garantir a aprovação do então Projeto de Lei 1645, denominado de reestruturação dos militares das Forças Armadas.

Uma declaração de Jair Bolsonaro em vídeo veiculado recentemente pela Revista Sociedade Militar acabou azedando mais ainda a relação entre militares das camadas médias das Forças Armadas e o presidente. Em frente ao palácio do Alvorada Bolsonaro, ao responder um militar que questionou sobre o cumprimento do acordo, deixou claro que o que tinha que fazer sobre esse assunto á foi feito e terminou sua fala dizendo que então seria melhor que todos fossem para a previdência geral.

Nas redes sociais militares responderam a declaração de Bolsonaro ironizando a coisa e dizendo que seria muito melhor ir para a previdência geral, que só de horas extras atrasadas e periculosidade iriam todos enriquecer, comprar os imóveis que não tem e ficar com ótimos salários.

O senador Major Olímpio praticamente deu um ultimato. Demonstrando compreender integralmente o pleito dos graduados e pensionistas que foram prejudicados pela nova reestruturação, disse que a tenta iludir os parlamentares usando termos técnicos. Disse também que vários oficiais tem lhe procurado em “off” por saber da insatisfação no que diz respeito a esse acordo, que eles estão fazendo de conta que não aconteceu nada e que esse tipo de atitude acabará desgastando mais ainda o governo diante dos senadores.

Os dois senadores deixaram claro que a defesa não acreditava no potencial de mobilização dos graduados e que só por isso a coisa ganhou tanto vulto a ponto da defesa ter de recuar no último minuto e fazer um acordo para que o projeto pudesse ser aprovado ainda em 2019. “Ninguém é obrigado a fazer acordo, mas se fizer tem que cumprir“, vaticinaram os dois Senadores.

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