França vive pior crise econômica em décadas por causa do coronavírus
A França enfrenta a pior crise econômica já registrada em décadas por causa do coronavírus – mesmo com a tentativa do governo de limitar os danos causados pela epidemia, que já causou grande impacto em suas atividades, de acordo com reportagem feita pela Agência AFP.
”O pior desempenho para a França desde 1945 foi o de 2009, depois da crise financeira de 2008 (…). Provavelmente estaremos para além disso neste ano”, disse na última segunda-feira (6) o ministro francês da Economia, Bruno Le Maire.
Isso porque, em 2009, a França viu uma redução em seu PIB, que registrou um crescimento de 2,9%.
”Isso mostra a magnitude do impacto econômico que enfrentamos”, ressaltou Le Maire, durante uma reunião da Comissão de Relações Econômicas do Senado, que foi realizada através de uma videoconferência.
Assim, com o objetivo de combater a pandemia do coronavírus, a França decidiu pelo confinamento de sua população e proibiu o funcionamento de uma série de atividades consideradas não essenciais.
Como resultado, atualmente a atividade econômica do país se encontra a apenas dois terços do seu nível de costume para essa época do ano, segundo estimativas do Instituto Francês de Estatísticas (INSEE), do final de março.
O INSEE estima que um mês de confinamento custaria ao país aproximadamente 3 pontos percentuais para o PIB local neste ano, enquanto dois meses de confinamento custariam cerca de 6 pontos.
Antes da crise, o governo previa um crescimento de 1,3% em 2020.
Início do confinamento no país
O confinamento no país teve início no último dia 17 de março e, atualmente, estima-se que dure pelo menos até o próximo dia 15 de abril, podendo ser prolongado por mais tempo, segundo comentário feito pelo primeiro-ministro Edouard Philippe, na última sexta-feira (3)
Para muitas empresas isso significa vários dias ou semanas sem atividades, ou com menos trabalho, representando assim uma forte queda na entrada de dinheiro.
O mercado automobilístico teve uma contração de mais de 72% em março e os fabricantes fecharam muitas fábricas. Muitos dos principais grupos, incluindo aqueles que estão na Bolsa, tiveram que paralisar suas previsões deste ano.
A maioria dos negócios não essenciais também tiveram que fechar suas portas por ordem do governo.
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