Governo militar à vista na França? A carta aberta de revolta dos oficiais generais que está balançando o governo Macron
General ex-Comandante da Legião Estrangeira lidera movimento de oposição e protesto de militares da reserva “anti-governo Macron” na França
Liderados por um General de Exército da reserva, Christian Piquemal, (muito conhecido e prestigiado por ser ex-Comandante da Legião Estrangeira) este, junto com pelo menos vinte oficiais generais, mais de cem oficiais superiores das três forças e milhares de praças distintos (todos da reserva) divulgaram uma carta aberta, denunciando a grave situação política e social da França, que é considerada a pior da Europa nos recentes fatos do terrorismo, criminalidade e corrupção.
O General Christian Piquemal também ficou muito conhecido por ter sido preso ao efetuar uma homenagem para os combatentes mortos na 1a Guerra Mundial, que se transformou em uma manifestação anti-migrantes clandestinos. Apesar de estar sempre envolvido em polêmicas políticas, o General Piquemal goza de um prestígio enorme na França e Europa.
Quando do fato de sua prisão, estava previsto que ele ficaria em detenção preventiva até o julgamento, em torno de 45 à 90 dias, mas o mesmo foi solto em menos de 48 horas devido à milhares de ameaças de militares da reserva da Legião Estrangeira e de diversos outros ramos das Forças Armadas.
Na época, foi muito comentado que em alguns quartéis da Legião Estrangeira, vários caminhões com tropas chegaram a ser mobilizados para o “resgate” do General Piquemal, que ficou detido em um comissariado de polícia da região da cidade de Pas-de-Calais, sob ordem do então 1° ministro Mannuel Valls sob orientação do então presidente Hollande.
Na carta aberta, os militares que a assinam declaram também que; a opinião deles reflete e representa a da grande maioria da categoria militar da França, o que pode ser observado pelas amplas repercursões nas redes sociais.
Por iniciativa de Jean-Pierre Fabre-Bernadac, oficial de carreira da Gendarmerie e gerente do site Place Armes , cerca de vinte generais, cem oficiais superiores e mais de mil outros soldados assinaram um apelo para um retorno de honra e dever dentro da classe política.
Como é de conhecimento público, desde o governo François Hollande (mandato de 15 de maio de 2012 a 14 de maio de 2017) o terrorismo e criminalidade associadas à imigração clandestina afro-islâmica cresceram como jamais visto antes, e, como não poderia deixar de ser, a comunidade militar tem se manifestado através dos canais alternativos, já que as grandes mídias preferem minimizar ou até mesmo descaracterizar os fatos com interpretações duvidosas e até mesmo manipuladas, sempre à favor do governo e seus partidos de situação.
O grande receio do governo e dos partidos de situação de centro e de esquerda é que a carta continue a fomentar mais situações que possam realmente levar à um eventual movimento golpista ou outros movimentos de protestos, como as greves e protestos de bombeiros e policiais, que aconteceram diversas vezes no decorrer do govern Macron, e que essa situação influencie fortemente nas próximas eleições.
O principal veículo de divulgação da carta foi o semanário francês “Valeurs Actuelles”, que publicou recentemente ( dia 21/04 com atualização no dia 22/04) uma coluna na quarta-feira, com a carta aberta dos militares, apelando ao presidente Emmanuel Macron para defender o patriotismo, assinada por ” vinte generais, cem oficiais superiores e mais de 10 mil praças distintos “.
Explicando os principais pontos que os militares declaram na carta aberta:
– a “desintegração” que atinge a pátria e “ que, através de um certa implantação de um movimento “anti-racismo”, se manifesta com um único objetivo: criar em nosso solo um mal-estar e ódio entre as comunidades ”.
Como muitos tem observado, os movimentos auto-intitulados “anti-racistas na França e por toda a Europa estão obviamente mais engajados em conseguir privilégios políticos que lutar por equalização de direitos ( se bem que esses direitos já existem declarados nas constituições). De acordo com muitos analistas políticos de todas as vertentes (esquerda, centro e direita) o cidadão francês e /ou europeu em geral está em muitos casos com menos direitos dentro de seu próprio país do que muitos estrangeiros que se declaram “refugiados” ou estão ligados aos ativimos políticos da agenda neoliberal e esquerdista.
– “ Discriminação que, com o islamismo e as hordas suburbanas, leva ao desprendimento de múltiplas parcelas da nação para transformá-las em territórios sujeitos a dogmas contrários à nossa constituição ”.
O fênomemo do separatismo das comunidades islâmicas na França e por toda a Europa se tornou uma realidade, com bairros inteiros ocupados por cidadãos ( pelo menos no papel) de origem afro-islâmica que não desejam a integração com a sociedade francesa e/ou européia, criando verdadeiros “kalifados” e “No Go Zones”, onde cidadãos franceses e/ou europeus de outras etnias são proibidos de circular, ou correm sério risco de agressões e nem mesmo a Polícia e outros serviços públicos podem estar presentes sem a autorização do crime organizado liderado por elementos da comunidade afro-islâmica. Outro fato que potencializa a repulsa geral à essa situação é que a criminalidade e terrorismo recebe forte apoio dessas comunidades locais. Com uma população islâmica declarada de aproximadamente 4,5 milhões de pessoas, com um pouco mais de organização e algum financiamento externo ou interno seria relativamente fácil gerar um movimento separatista territorial, administrativo e religioso de interesse do extremismo islâmico dentro da França.
Para saber mais: https://orbisdefense.com/a-possibilidade-de-guerra-civil-na-franca-em-2020-a-otan-ja-preveu-e-se-prepara-desde-2003/
– “ Estamos prontos para apoiar políticas que levem em consideração a salvaguarda da nação ”, acrescentam. “ Nós, servos da Nação, que sempre estivemos prontos para colocar a pele no final do nosso engajamento – como exigia nosso estado militar, não podemos ser espectadores passivos diante de tais ações. ”
– Por outro lado, “ se nada for feito, a frouxidão continuará a se espalhar inexoravelmente na sociedade, acabando por causar uma explosão e a intervenção de nossos companheiros ativos na perigosa missão de proteger nossos valores civilizacionais e salvaguardar nossos compatriotas no âmbito nacional território ”, alertam os signatários.
– Como podemos ver, não é mais hora de procrastinar, caso contrário, amanhã a guerra civil acabará com este caos crescente, e as mortes, pelas quais você vai assumir a responsabilidade, chegarão aos milhares.
Essas três últimas partes são auto-explicativas, deixando claro que uma intervenção militar pode acontecer caso a situação continue a piorar, e que, as Forças Armadas estariam prontas e motivadas para tal ação. A parte mais grave é a citação do termo “guerra civil” e “mortes aos milhares”…
Em reação à carta, vários políticos neoliberais progressitas e da esquerda francesa se apressaram em denunciar um hipotético golpe em curso…
Eles culparam o Presidente, o Primeiro Ministro e o Ministro das Forças Armadas pela falta de reação do governo. O líder do partido político de esquerda ” La France insoumisse”, Jean-Luc Mélenchon criticou a “ declaração atordoante de soldados ” que “se arrogam no direito de apelar a seus colegas da ativa para intervir contra os islamogauchistas ” (islamogauchiste; termo para o movimento político que reúne partidos de esquerda francesa e islâmicos radicais na França). Sem dúvida, ele se sentiu um alvo, talvez preocupado.
O ex-candidato socialista para a eleição presidencial de 2017, Benoît Hamon, conhecido como Mr. Six Percent, ficou comovido pelo fato de que “ 20 generais estão explicitamente ameaçando a República com um golpe militar ”, referindo-se ao “golpe de ‘Alger”.
Na semana anterior, o Valeurs Actuelles publicou uma coluna do ex-ministro Philippe de Villiers, (conhecido por pedir demissão do cargo de Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, por não aceitar as políticas do presidente Macron e sua ingerências nas Forças Armadas), intitulada “Chamo à insurreição”. Seu irmão, Pierre de Villiers, ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, é citado por alguns como um possível candidato à presidência em 2022.
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