Publicado em 24
de novembro de 2020
gilbertolimajr
Sob o Domínio da Tecnocracia Digital!
Em 2021,
iniciaremos oficialmente uma nova década que será marcada como o ano da “Grande Reinicialização” (do idioma
inglês, Great Reset). Recentemente o fundador do Fórum
Econômico Mundial (FEM), Klaus Schwab, reuniu algumas lideranças e através de
um vídeo, tornou oficial o que podemos definir como a agenda da “Nova Ordem Mundial” à
ser aprofundada na próxima edição prevista para o segundo semestre de 2021 em
Davos, Suíça. São previstas as presenças das maiores autoridades políticas e
empresariais do mundo, especialistas nos temas ambientais, sociais, epidêmicos,
além das grandes corporações tecnológicas e das Redes Sociais.
Afirmações de Klaus Schwab, fundador e executivo do FEM:
“Todos os países, dos
Estados Unidos à China, devem participar, e todos os setores, bem como a
tecnologia de petróleo e gás, devem ser transformados”. “Em suma, precisamos
fazer ‘O Grande Reinício’ do capitalismo.” “A pandemia representa uma rara
janela de oportunidade para refletir, reimaginar e resetar o mundo.”
O que esperar deste próximo encontro da Elite Global? Que consequências seus
anúncios trarão para a sociedade humana? Este Blog atento a sua missão de
analisar o impacto das mudanças exponenciais na Vida de todos nós, antecipa
aqui algumas decisões que vem por aí e como nos preparamos para lidar com elas.
Motivação!
Recentemente o Fundo Monetário Internacional avalizou que o
mundo vive um risco de depressão econômica global, comparável a década de 30,
por consequência do “Crash” da Bolsa de Valores de 1929. É preciso trazer luz a
realidade de que tal expectativa decorre da crise mal resolvida de 2008, cujas
autoridades políticas e líderes do mercado financeiro, jogaram a sujeira para
baixo do tapete.
O mundo sofreu naquela altura uma crise ética que quebrou a
economia global por conta de uma ambiciosa especulação financeira e
imobiliária. Nos dias atuais, as consequências econômicas ocasionadas pela
pandemia do Covid19 soma-se a este histórico e não pode ser visto de forma
isolada, ignorando este legado maligno dos atores que hoje utilizam o argumento
da Pandemia para justificar uma proposta do FEM, chamada: “A Grande
Reinicialização Mundial”.
Para melhor entendimento é preciso recorrer a
história recente quando em 1944, com a segunda guerra ainda em curso, 44 países
aderiram ao Acordo de Breton Woods que estabeleceu uma Nova Ordem Monetária,
coordenada por organismos internacionais criados para definir “Políticas
Públicas e Regulamentações Globais” como o Banco Mundial e o Fundo Monetário
Internacional, por exemplo.
O que Prometem os
“Reinicializadores Atuais?”
Desta vez, pretendem reinaugurar o Capitalismo com aparente sensibilidade
social. Vamos lá: Pretendem estabelecer a sonhada “renda mínima universal”, dar
“garantia de assistência médica global para todos”, assegurar um futuro
resiliente, igualitário e sustentável e evocam para tanto, “um novo contrato
social” com respeito racial, preservação ambiental e contenção das mudanças
climáticas (descarbonização da economia). Ainda no campo econômico, pregam um
certo nivelamento econômico e social entre as Nações. Consideram o pagamento de
uma renda mínima para erradicação da pobreza extrema.
O Preço a Pagar:
Controle máximo sobre os indivíduos: Obrigatoriedade de Vacinações para esta e
futuras pandemias; Exigência de Passaporte Genético; Implantação de Controle de
comportamento em massa, via Score Social, Capitalismo de Vigilância; Engenharia
Social baseada em regulamentações, etc.
A característica da “Grande Reinicialização”
Ao invés de se impor explicitamente, condicionará benefícios sociais e
oportunidades, a submissão da Sociedade ao controle do Estado pela via das
regras por ele estabelecidas e entendidas como “melhor para todos”. O controle
comportamental se dará refletindo as preocupações da Elite Global com a
crescente Desigualdade
Social:
Concentração de Renda
Recentemente o Instituto Britânico, Oxfam dedicado a medir as
desigualdades sociais em âmbito global, em seu mais recente Relatório, intitulado:
“Tempo de Cuidar”, apresentou aos bilionários de Davos, dados que deveriam
minimamente gerar algum desconforto: 2.153 privilegiados pelo atual modelo de
concentração de renda, têm mais riqueza do que 4,6 bilhões de pessoas.
A
Diretora Executiva da Oxfam, Katia Maria, afirmou: “Se a população 1% mais rica
do mundo pagasse uma taxa extra de 0,5% sobre a riqueza nos próximos 10 anos,
seria possível criar 117 milhões de empregos em educação, saúde e de cuidado
para idosos”. Essa afirmativa mostra que ao invés de sinalizarem com “pacotes
de bondades universais”, obviamente atrelados a perpetuação de seus privilégios
e controle das massas, carregam sim o peso de uma imensa injustiça social por
eles protagonizada.
Enquanto 690 milhões de pessoas padecem de fome, chamam de meritocracia,
concentrações inexplicáveis de renda, a exemplo de Jeff Bezos da Amazon (o ser
humano mais rico do mundo), cuja fortuna é estimada em US$200 bilhões. A ideia
da Renda Mínima Universal defendida por economistas, sociólogos e humanistas
sérios e respeitáveis, passa a ser cooptada para se envernizar de consciência
social o verdadeiro interesse dos formuladores do “Great Reset” que
já optaram pela adoção da Manufatura Aditiva da Indústria 4.0, ou seja,
robotização em escala mundial, substituindo o modelo da era industrial baseado
em mão de obra humana.
O Score Social é
uma forma centralizada de policiamento comportamental. Imagine que a depender
da sua pontuação você não será autorizado a deslocar-se de um estado para
outro, ou de uma cidade para outra. Limitação de sua candidatura à um emprego
público, restrição no acesso aos serviços comunitários, programas
habitacionais, entre outros. Para quem considera um exagero tal previsão, digo
que a China já implementa o controle de sua população utilizando alguns
mecanismos de monitoramento.
O Fim dos Criatórios e
Abatedouros de Animais
Existem inúmeras regulamentações voltadas à contenção das
alterações climáticas e preservação do meio ambiente. Uma que me chama a
atenção por tratar-se de um tema tratado neste Blog na série: “O Futuro Fértil da
Alimentação” é o combate ao setor pecuário.
Os argumentos já reiterados incluem
o fato de que milhões de toneladas de dejetos de animais são despejados nos
lençóis freáticos todos os dias; que cada Kg de carne, consome 10 mil litros de
água; que milhões de hectares são devastados em áreas de florestas e biomas
como o Cerrado, para a criação de pastos ou produção de grãos utilizados em boa
parte (30%), como ração para engordar animais para o consumo humano; que a
exalação do metano por parte dos milhões de bovinos, atingem diretamente a
camada de ozônio entre outros argumentos imbatíveis.
Contudo, o nome do jogo é
“Controle da proteína Animal em nível planetário”, não uma sensibilidade
ecológica despertada pelas Big Techs e os 5 maiores Grupos controladores do
processamento de alimentos no mundo, que pretendem apropriar-se do mercado
pecuário através da reprodução celular em laboratório. Apenas para configurar,
o mercado pecuário movimenta uma cifra global de US$1,4 trilhões. Para quem já
controla o mundo pela via dos algoritimos e produz bilhões de dólares com o que
lhes damos gratuitamente, no tráfego que geramos nas redes sociais e com o
armazenamento de dados em suas nuvens, controlar a riqueza gerada com a
nutrição global será uma questão de pouco tempo.
A Amazon não por acaso tem
investido em Foodtechs e no varejo de alimentos. Um exemplo é o Amazon Go,
supermercado baseado em Inteligência Artificial que utiliza-se da
identificação de presença e consumo de seus clientes e a Rede Whole Foods americana,
adquirida pela bagatela de US$16 bilhões por parte de Jeff Bezos (Amazon).
Estas iniciativas ilustram bem que as apostas neste setor são para valer e
o “Great Reset”,
favorecerá muito a centralização deste foco de negócios. Acrescento as Fazendas
Verticais de altíssima tecnologia de precisão e a indústria de proteína vegetal
(Plant Based) que passam a invadir as gôndolas de supermercados de todo o
planeta.
Os Donos do Mundo
Os poderosos, idealizadores desta Tecnocracia Digital, temem as
manifestações que se insurgem contra suas vidas encasteladas. Refiro-me às
pressões sociais cada vez mais estruturadas, em busca de igualdade, respeito
racial, respeito às diferenças de gêneros, a tolerância religiosa, entre
outros. As pandemias originadas por condições sanitárias precárias os alcança
tanto quanto a qualquer outro cidadão pobre que coletam seus lixos, entregam
suas compras, servem suas mesas, limpam o chão de suas casas, lavam suas
roupas, cuidam de seus filhos, mas que seguem invisíveis diante de suas
insensibilidades que uma vez descuidados, desprotegidos certamente não lhes
pouparão dos efetivos contágios.
A Grande Reinicialização precisa partir da Sociedade Civil. É urgente que
coletivos sociais se agreguem globalmente. O Rethink (Repensar), o Restart
(Reiniciar) precisa considerar o ReSoul (Realmar) da Economia Mundial, conforme
proposto pelo Movimento mundial de Francisco e Clara (origem católica), a
própria encíclica papal: Fratteli Tutti do Papa Francisco e movimentos
equivalentes de diversas correntes filosóficas e doutrinárias que alertam sobre
a urgência da humanização da tecnologia. Que as Regulamentações Globais não
sirvam de instrumentos de manipulação da sociedade humana por parte das
Corporações e dos Estados Hegemônicos no Plano Global mas que resgatem a
tendência de uma nova economia baseada no poder da solidariedade, da compaixão,
da cooperação, do compartilhamento, da colaboração, da circulação, da
reutilização. A Nova Ordem Mundial – “Great Reset”
Publicado em 24 de novembro de 2020 gilbertolimajr
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