O DESASTRE DA QUARENTENA


O ano de 2020 foi marcado por uma inovação na tecnologia de controle social: a politização de uma epidemia viral, abrindo caminho para limitação das liberdades individuais, censura, privação da livre expressão do pensamento, intimidação das massas pelo pânico, entre outros exercícios ditatoriais.
A humanidade já enfrentou inúmeras epidemias, e em quase todas elas se administraram quarentenas sim – para os doentes. Pela primeira vez na história da humanidade, entretanto, aplicou-se uma quarentena para todos.
Acredita-se que as primeiras epidemias começaram no período neolítico com a domesticação de animais e o advento da agricultura. O contato com vírus selvagens de animais domésticos e as bactérias do armazenamento de grãos em paióis, teriam favorecido a proliferação das primeiras epidemias.
O primeiro registro histórico escrito de uma grande epidemia foi a “Peste de Atenas” no século V antes de Cristo, durante a Guerra do Peloponeso. Estima-se que 1/3 da população de Atenas na época morreu. Não se pode afirmar de que doença se tratava, mas especialistas na área de arqueologia e de saúde acreditam que tenha sido um surto de febre tifoide.
No inverno do ano de 165 depois de Cristo, a história registra uma epidemia de origem desconhecida, chamada de Peste Antonina, também conhecida como Peste de Galen. Alguns historiadores sugerem que poderia tratar-se de sarampo ou catapora, afetou grande parte da Ásia Menor, Grécia e o Império Romano, ou seja, grande parte do “mundo” conhecido da época. O surto teria dizimado 5 milhões de vidas, quando a população mundial era estimada em 250 milhões de pessoas.
Muitas outras epidemias acometeram a humanidade, dentre elas as duas epidemias mundiais de peste bubônica, a Praga de Justiniano 541 d.C (25 milhões), a Peste Negra 1346 d.C (75 a 200 milhões), Epidemia de Varíola 1520 d.C (8 milhões), a Terceira Pandemia de Cólera, considerada a pior das sete, em 1852 (1 milhão), a Gripe Russa de 1889 (1,5 milhões), a Gripe Espanhola de 1918 (20 a 50 milhões), a Gripe Asiática de 1956 (2 milhões), a Gripe de Hong Kong de 1968 (1 milhão), em uma vasta lista de doenças epidêmicas, dentre as mais conhecidas estão também ebola, SARS, dengue, chicungunya e agora COVID-19.
Algumas coisas que todas as epidemias tiveram em comum foram: medo, caos social e disseminação de informações falsas, desde crendices populares a oportunismos comerciais, como hoje em pleno 2020 podemos ver anúncios na mídia, tais como “o único desinfetante eficaz contra o coronavirus” e coisas do gênero.
Ao longo de toda história, a humanidade tratou as epidemias em quarentenas (40 dias) com confinamento dos doentes, isolamento entre cidades e navios que ficavam proibidos de desembarcar, ademais, passados os 40 dias da quarentena, mantinham o confinamento dos doentes e estabeleciam cordões sanitários via desinfecções, incineração de corpos e pertences de doentes.
A verdade é que o confinamento não é eficiente a longo prazo. Se em outros tempos, o confinamento já não era eficiente, quando aplicado exclusivamente aos doentes, quem dirá nesse experimento social da quarentena para todos! Os prejuízos acabam sendo maiores como podemos atestar.
O Brasil aprofundou exponencialmente a politização do vírus, acentuada pela polarização política de termos um Chefe de Estado conservador, depois de muitos anos de hegemonia de esquerda no país que, como mau perdedores, insistem no tumulto do país em benefício próprio, pois a pandemia está sendo usada não somente para desestabilizar o Executivo como também como cortina de fumaça para, ao que tudo indica, corrupção e desvio sem precedentes, potencialmente muito mais escandalosos que os anteriores, inclusive anistiando suspeitos envolvidos na compra e votos que, agora com os bolsos cheios, estão prontos para dar o bote nas eleições municipais, na busca de perpetuar os representantes socialistas que almejam a manutenção e ampliação do Estado já gigante, juntamente com a ignorância e a dependência completa do cidadão a este mesmo Estado.
No mundo todo, a maioria dos países iniciou suas quarentenas na mesma época ou depois do Brasil e terminaram antes! A Itália, por exemplo, primeiro caso ocidental e um dos exemplos mais citados mundialmente, só iniciou sua quarentena nacional em 09 de março, após o registro de 1.797 óbitos por coronavírus, e iniciou o relaxamento em 03 de maio, sendo a Itália o país a aplicar a quarentena mais longa da Europa (quase 02 meses).
A Alemanha decretou quarentena em 13.03 e iniciou o relaxamento em 22.04, as aulas retomaram em 04.05.2020. No final de maio, toda Europa ocidental já estava flexibilizada. A Austrália iniciou quarentena no fim de março. A Inglaterra decreta um lockdown em 23.03 e os EUA em 30.03, para trazer alguns exemplos. Em 07 de abril a China decreta fim de quarentena e comemora com uma grande festa com fogos de artifício.
O Brasil decretou quarentena em 15.03.2020 e estamos nisso até hoje, diferente dos demais países ao redor do mundo, dos quais nenhum aplicou mais de 04 meses de isolamento, isso definitivamente não existe! O Brasil está aplicando a quarentena mais longa do Planeta!
O que é mais corrosivo? Os óbitos por coronavírus ou os óbitos por asfixia social? Qual mal é maior ou menor?
Nós sabemos quantas pessoas lamentavelmente vieram a óbito por COVID-19. Mas, acaso sabemos quantas vidas foram poupadas nestes mais de 120 dias de quarentena? Logicamente não, isso definitivamente não é quantificável. Todavia sabemos que:
Mais de 780 mil micro e pequenas empresas faliram totalmente, fecharam as portas;
Mais de 500 grandes empresas demitiram funcionários;
Os pedidos de recuperação judicial subiram 82,2%;
Grandes varejistas como Renner, Marisa e Ponto Frio, apenas nos primeiros 15 dias de quarentena, já haviam fechado 4.065 lojas;
De março a junho 3,01 milhões de brasileiros deram entrada no seguro-desemprego, ou seja, demitidos de empresas onde tinham carteira assinada;
O número de informais em estado de risco e vulnerabilidade não é possível afirmar, mas estima-se que pode chegar a 35 milhões de pessoas autônomas e informais em dificuldades financeiras graves.
Quantas pessoas estão morrendo de fome, de suicídio? Quantas pessoas com luz e água cortada? Quantas pessoas despejadas? Quantas pessoas a mais infartaram por stress agudo? Quantas pessoas contraíram dívidas impagáveis das quais não se livrarão nesta existência e que lhes atormentará para o resto de suas vidas?
O Brasil não é muito bom em estatísticas, então vamos a alguns dados mundiais.
Mortos no MUNDO hoje por:
  1. ABORTO: 22.958.249
  2. FOME: 6.036.475
  3. HIV/AIDS: 907.381
  4. ACIDENTES DE TRÂNSITO: 728.639
  5. COVID-19: 586.839
  6. SUICÍDIO: 578.822
  7. MALÁRIA: 529.450
  8. INFLUENZA: 264.228
Quais vidas importam? Algumas mais que outras?
O fato é que numa epidemia viral, o vírus segue seu próprio caminho, devemos sim ter cuidado, mas não podemos botar um país inteiro em quarentena por tanto tempo, há um limite do que pode ser feito e esconder-se para sempre não é uma opção viável. É algo que se assemelha a um abuso de poder econômico pois, aqueles que tem condição financeira confortável, assistirão ao genocídio de milhões de vulneráveis sem entender o básico: a quarentena não salva ninguém, com ou sem isolamento, o vírus tem agenda própria.
Cassiana Debiasi, para Vida Destra, 19/7/2020.



https://vidadestra.org/o-desastre-da-quarentena/

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